O Coral Brasileirão faz hoje e na próxima segunda e terça-feira uma viagem ao universo da Jovem Guarda com o show "Splish, Splash", no Canal da Música, sempre às 20 horas.
Músicas como "É papo firme", "Banho de lua", "Pobre menina", "Sentado à beira do caminho" e "Pode vir quente que estou fervendo" serão rememoradas como um beijo inocente e divertido, numa volta aos anos 60.
Segundo o maestro Marcos Leite, responsável pela direção artística e arranjos do espetáculo, o show pretende apresentar a Jovem Guarda a quem não a conheceu e provocar no público que viveu essa época a saudade e o carinho por figuras como Wanderléia, Martinha, Leno & Lilian, Rosemary, Jerry Adriani, Trio Esperança, os Golden Boys, entre outros.
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As músicas do show são divididas em blocos: no rádio do carro, uma matinê de cinema, festinha da garagem, na tela da TV, um carro a 120 km por hora, homenagem a Roberto Carlos e uma festa de arromba. O figurino é de época e foi garimpado em brechós da cidade.
A Jovem Guarda foi um movimento musical curioso, porque partiu de pessoas simples, sem nenhuma preocupação intelectual ou política. "Eles queriam apenas se divertir", conta o maestro. O movimento surgiu na efervescência dos nos 60, apropriando-se da linguagem do então emergente rock`n`roll inglês e norte-americano. A partir daí, os músicos criaram as raízes do rock brasileiro.
Marcos Leite lembra que a Jovem Guarda nasceu numa época em que o mundo vivia uma revolução comportamental. O movimento hippie, a liberação sexual, a comunicação via satélite e a liberação feminina marcaram o início dos naos 60. "A música brasileira daquele momento dirigia-se para os caminhos da sofisticação e da alegria da bossa-nova, do engajamento político das canções ligadas ao pensamento dos centros populares de cultura e também da liberdade antropofágica dos baianos Caetano e Gil, apoiados num movimento cultural amplo que pregava a liberdade de fronteiras para a assimilação do rock, da música oriental, como uma geléia geral", define.
No meio dessas tendências surgiu a Jovem Guarda, formada por um pessoal mais simples que andava de ônibus, com a sensibilidade à flor da pele e ingênua sinceridade. Com suas músicas vêm à tona questões mais diretas como a sexualidade, a liberdade do corpo, a ascensão social e tudo o que a intuição deixasse desabrochar.
Serviço: Show "Splish, Splash" com o Vocal Brasileirão, hoje e nos dias 11 e 12, às 20 horas, no Canal da Música (Rua Júlio Perneta, 685). Ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00 (estudantes).