O vereador Adenival Gomes (PT) afirma que a prefeitura de Curitiba dispensou a realização de um procedimento licitatório prévio para a implantação do cartão-transporte - sistema de bilhetagem eletrônica dos ônibus do transporte coletivo.
Segundo o vereador, o projeto do cartão foi gerenciado pelo ICI (Instituto Curitiba de Informática), organização social vinculada à prefeitura, e, sem a realização de concorrência pública, vem sendo integralmente executado por empresas privadas.
"O governo estadual vem acertadamente cancelando uma série de contratos firmados com o ICI", disse o vereador. "Sabemos que é prática comum deste instituto, criado pela Prefeitura de Curitiba, a terceirização dos seus serviços, o que é ilegal."
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O vereador também diz que a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica em Curitiba teria custado, inicialmente, pelo menos R$ 3,5 milhões aos cofres públicos. Além disso, haveria ainda um gasto adicional de R$ 1 milhão, provocado pelo não funcionamento de 2 mil estabilizadores de energia. Apenas de novos, tiveram de ser substituídos, com ônus para a administração pública municipal.
De acordo com informações do vereador, cada equipamento validador teria sido comprado por aproximadamente R$ 7 mil. O custo da manutenção de tais aparelhos, a cada período de 6 meses, seria equivalente ao preço de um aparelho novo.
Yára Eisenbach, presidente da Urbs - empresa que gerencia o transporte coletivo de Curitiba - afirmou, em entrevista à rádio CBN, que as críticas feitas pelo vereador são completamente infundadas.
De acordo com Yára, a lei municipal que instituiu os vales-tranrporte permite que a implantação dos cartões-transporte seja feita por outras empresas. Ela diz que as empresas de ônibus responsáveis pelo transporte coletivo fizeram um levantamento de três empresas, e a que ofereceu um orçamento mais barato foi a contratada para a implantação do serviço.