O vereador José Antônio Dutra (PSDB), de 61 anos, de Jardim Alegre, conhecido como "Cabeção", foi assassinado nesta segunda-feira, às 11h40. Ele foi atingido por nove tiros disparados por um homem (ainda não identificado), no momento em que chegava em sua casa para almoçar. A exemplo do que já havia ocorrido há seis meses, quando Cabeção foi vítima de um atentado, a Polícia Civil suspeita que se trata de um crime executado por pistoleiros de aluguel.
O exame de necrópsia indica que o vereador foi atingido por nove projéteis de pistolas 380 e 9mm, disparados à curta distância. Dutra recebeu dois tiros no braço esquerdo, um no braço direito, um no rosto, um no ombro esquerdo e quatro no tórax, que transfixaram coração e pulmão.
O delegado de Ivaiporã, Gabriel Junqueira Filho, assumiu o inquérito e à tarde autuou em flagrante Carlos Antônio Pedro da Silva, o "Tonhão Gaúcho". Ele disse que uma testemunha declarou ter visto Tonhão conversando de madrugada, com outros dois homens, no interior de uma Parati verde metálica.
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Tonhão Gaúcho foi uma das três pessoas presas em janeiro, acusadas de participar do atentado contra Dutra - quando o vereador levou sete tiros. Claudinei da Silva, que assumiu a autoria do crime, está preso em Ivaiporã. O vereador Benedito de Jesus Batistet (PDT), o "Nenezão", apontado pela polícia como o mandante, ficou preso alguns dias, mas conseguiu sair da cadeira por meio de um recurso no Tribunal de Justiça.
Após o atentado, Cabeção afirmou por diversas vezes que Nenezão havia contratado pistoleiros para matá-lo, por causa de disputas na Câmara. Nenezão sempre negou o crime.
* Leia mais em reportagem de Maurício Borges na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira