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Vistoria descobre falhas na malha ferroviária em Curitiba

Redação - Folha do Paraná
25 mai 2001 às 16:36

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Passagens de nível desnecessárias, falta de visibilidade do maquinista em cruzamentos, sinalização insuficiente, ausência de dormentes e trilhos desgastados. Estas foram algumas constatações da Comissão Especial da Câmara de Vereadores criada para analisar problemas causados pelo tráfego de trens em Curitiba, durante vistoria realizada pela manhã em 15 quilômetros da malha ferroviária que corta Curitiba.

A fiscalização foi feita em vagões da América Latina Logística (ALL), empresa que administra as ferrovias no Paraná. O trecho percorrido foi entre a Rodoferroviária e Rio Branco do Sul, considerada uma das mais críticas, em função da localização e quantidade das passagens de nível (cruzamentos da ferrovia com rodovia).

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O trecho possui 18 passagens de nível localizadas em área urbana, incluindo a da Rua Professor Brandão, no Alto da XV de Novembro, que será aberta pela Prefeitura até o final do mês. No ano passado, segundo a ALL, acontececeram neste setor quatro atropelamentos e quatro abalroamentos (batidas de trens com carros).

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Passam por Curitiba, cerca de 70 quilômetros de trilhos, contabilizando 41 passagens de nível. Destas, segundo o gerente de engenharia da Companhia de Urbanização de Curitiba (Urbs), Paulo Malucelli, que acompanhou a vistoria, 31 possuem sinalização, ou seja, luzes piscando do lado da rodovia, ao mesmo tempo em que o trem aciona o apito avisando a travessia. As outras dez só têm placas e sinalização horizontal.

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A Comissão estuda duas alternativas para acabar - ou minimizar - os problemas ocorridos ao longo das ferrovias. A primeira é a instação de cancelas automáticas nas passagens de nível. Lei federal prevê que a responsabilidade sobre a colocação destes equipamentos recai sobre o último órgão a se instalar no local.


A ALL alega que cinco passagens são de sua responsabilidade e 13 da Prefeitura. Já o gerente da Urbs afirma que cabe a ALL a instalação de sete cancelas. Cada cancela, incluindo equipamento elétrico e dois braços mecânicos sai em torno de R$ 75 mil.

Por enquanto, a ALL e Prefeitura estão apenas em fase de testes com as cancelas automáticas, nas passagens das ruas Afonso Camargo, Itupava e Professor Brandão. Uma vantagem com a cancela eletrônica é acabar com os apitos de trem, uma reclamação contante das populações vizinhas.


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