O principal suspeito de assassinar o vendedor e motorista de aplicativo Otoniel de Paula se entregou à polícia nesta quarta-feira (15) e confessou o crime. Ele já estava sendo procurado e possuía contra si um mandado de prisão aberto. Ele tem 27 anos e não tem antecedentes.
Na última sexta-feira (10), o Ministério Público ofereceu denúncia contra quatro pessoas que teriam participado do assassinato do motorista de uber Otoniel de Paula. A denúncia foi aceita pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, nesta segunda (13), tornando os quatro homens oficialmente réus perante a justiça. Eles devem ir a júri popular.
As investigações concluíram que Otoniel de Paula foi assassinado por um de seus clientes, que estava com problemas em uma máquina de cartão que havia sido vendida pelo motorista. No depoimento prestado nesta quarta, o rapaz disse ao delegado que o dinheiro não estava caindo em sua conta, o que teria motivado a discussão.
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No dia do crime, eles teriam se encontrado no barracão onde um dos réus trabalha, na zona leste de Londrina, para conversar sobre o problema da máquina. Contudo, o autor do crime teria se descontrolado e batido na cabeça de Otoniel várias vezes com uma barra de ferro, com a ajuda de um amigo, causando a sua morte. Os dois enrolaram o motorista em um saco plástico, sem ter certeza de que já estava em óbito, e o abandonaram às margens da PR-862, no contorno norte de Ibiporã, como confessado no depoimento desta quarta.
O cliente de Otoniel é o suspeito que se entregou à polícia, enquanto o amigo, que ajudou no homicídio, segue desaparecido.
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Em seguida, venderam o veículo que o motorista utilizava, um Volkswagen/SpaceFox de cor prata, por R$ 3.500,00 a um terceiro, que o levou para sua propriedade rural em Sabáudia (região metropolitana de Maringá). O comprador do veículo, junto com o caseiro da propriedade, queimaram os pertences de Otoniel que estavam dentro do veículo, que possuía manchas de sangue no porta-malas. Ambos cumprem prisão preventiva desde o começo do mês de junho.
Eles responderão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e receptação. Como no momento do assassinato o motorista não possuía condições de se defender, a pena do crime é aumentada.
*Sob supervisão de Fernanda Circhia.