Funcionários da Delegacia de Ibiporã apreenderam durante revista na cadeia pública da cidade nove celulares e carregadores. Segundo o chefe da carceragem, Valdeci Fernandes de Lima, tratou-se uma ação de rotina para evitar fugas, já que a cadeia está superlotada: são 55 presos num local construído para 24.
Há quase um ano, a carceragem dispõe de um detector de metais em forma de banco, sobre qual as visitas sentam-se, com o objetivo de identificar objetos em suas partes íntimas. Mesmo assim, os celulares continuam entrando.
Lima disse que a maior parte dos aparelhos entra graças à falta de segurança da parte externa da cadeia, uma falha da própria Secretaria Estadual de Segurança Pública. "Nós tínhamos cerca elétrica, mas tiramos por determinação da secretaria, que disse que ia instalar concertinas, que são cercas com arames farpas, mas até hoje não instalou", afirmou Lima.
Leia mais:
Novos deslizamentos interditam completamente a BR-277 na Serra da Esperança, em Guarapuava
Pai é preso por agredir filha de nove meses no Noroeste do Paraná
Operação 'Little Mouse', da PF, mira empresas de rastreamento veicular em Londrina
‘Gerente’ do tráfico na zona norte de Londrina é preso em flagrante
Segundo ele, a cerca elétrica foi retirada em novembro passado. "Pessoas externas à cadeia pulam o muro e conseguem chegar perto da carceragem e passar os celulares para os presos", explicou o chefe da carceragem. "Nos prometeram instalar a concertina até o final deste mês".
Apesar da precariedade da segurança na cadeia, nenhum fuga é registrada desde o final de 2007. R
Recentemente um preso fugiu, mas já fora do presídio, quando estava sendo levado para o hospital.
Mulheres
Em Ibiporã também não há vagas para mulheres. Prefeitura e Vara de Execuções Penais, diante da falta de ação da Secretaria de Segurança Pública, devem unir esforços e recursos para construir uma cela feminina no pátio da delegacia. "Não temos prazo para ficar pronto". As mulheres presas em Ibiporã são transferidas para Londrina ou Cambé.