Imagens obtidas pela Polícia Civil em um bar próximo ao Parque Ecológico Municipal Daisaku Ikeda, na região sul de Londrina, e na PEL (Penitenciária Estadual de Londrina), mostram a movimentação da mãe de Thiago Vinicius, de dois anos, e do padrasto após perceberem que a criança não estaria no carro, na noite do último sábado (10). O registro do estabelecimento comercial flagrou o casal passando pela rodovia João Alves da Rocha Loures por volta das 19h48, em velocidade tranquila. Cerca de um minuto depois eles aparecem novamente, desta vez em alta velocidade.
De acordo com a delegada Livia Pini, as gravações corroboram a versão da família. “Eles saíram do parque em direção à cidade e em determinado momento dão a falta da criança e voltam. Isso confirma a história que eles contaram, de como se deram os fatos. Mas ainda não obtivemos o resultado da perícia da Criminalística, que vai realizar luminol no carro. Também estamos aguardando o resultado da extração de dados dos celulares”, destacou.
O casal relatou em depoimento que teria colocado o garoto no veículo, mas não repararam se ele continuava no banco de trás no momento em que deixaram o parque. Uma das principais dúvidas é como isto teria acontecido. “São dois momentos em que a criança poderia ter saído do carro. Um é quando estão arrumando os objetos. Eles têm certeza que fecharam a porta do passageiro, mas ficam na dúvida sobre a porta do motorista. Outro momento seria ao pegar a mangueira (de narguilé), porém, é menos provável, porque o padrasto fala que ele abre a porta e já pega esta mangueira no chão”, detalhou.
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A delegada afirmou que durante o interrogatório, o tio de Thiago Vinicíus contou que, em outras situações, o menino teria empurrado a porta do carro. “Então, teria força para isso”, frisou. Além dele, a avó e a primeira testemunha que viu mãe e padrasto procurando o garoto foram ouvidas pelos investigadores. “Os relatos da avó e do tio indicam que não havia nenhum tipo de conflito familiar. Disseram que no sábado a avó chamou a criança para cortar o cabelo e a mãe falou que, como estaria de folga, ela queria ficar com a criança.”
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