A comerciante Fátima Crespilho da Silva, 40 anos, foi ouvida nesta sexta-feira por mais de duas horas pelo delegado do 4º Distrito Policial de Londrina, Joaquim Antônio Mello. Ele investiga as circunstâncias da morte da filha da comerciante, Fabiana Aparecida Crespilho da Silva, de 21 anos, que faleceu no último dia 13, depois de permanecer internada por 39 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa.
Fabiana deu entrada no hospital na madrugada do dia 5 de dezembro, com uma fratura na coluna cervical. Segundo a versão inicial, contada por três pessoas que estavam junto com Fabiana no momento da queda, ela teria tentado o suícidio, se atirando da barragem do Lago Igapó 1. Já a mãe da jovem registrou queixa afirmando que a filha teria sido empurrada por uma das colegas que a acompanhava, cujo nome seria Érica.
O delegado preferiu não revelar detalhes do depoimento para não atrapalhar as investigações. Ele disse que no depoimento procurou recolher detalhes do cotidiano de Fabiana desde quando ela se mudou para Londrina, em meados de 2002. Com base no depoimento, ele declarou que ''teria havido um desentendimento (entre Érica e Fabiana) na barragem e que, voluntária ou involuntariamente, a Fabiana teria sido empurrada''.
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Na próxima semana, Mello deverá intimar Érica, Vanessa (irmã de Érica que estava presente no momento da ocorrência e que dividia apartamento com Fabiana) e um advogado que também acompanhava as jovens naquela madrugada. A Folha tentou entrar em contato com as três pessoas citadas mas nenhuma foi localizada.
A advogada da mãe da vítima, Rosangela Lie Miya, disse que sua cliente ''falou tudo sobre o relacionamento da filha com as outras mulheres''. Ela está convencida de que a queda não foi uma tentativa de suicídio nem tampouco acidente. ''Uma pessoa estava na beira da barragem e não pode ter sido empurrada por brincadeira'', comentou.
Ainda bastante emocionada com a perda da filha, Fátima falou que vai fazer tudo que puder para esclarecer o que realmente aconteceu. ''Eu peço o empenho da Polícia porque tenho receio de que esse caso caia no esquecimento'', disse a mãe.