Das quatro pessoas presas pela Polícia Civil de Cambé na tarde da última quarta-feira (7) na marginal da PR-445 com uma pistola 9mm, dois carregadores com 32 munições cada um e 20 gramas de maconha, apenas um continuou atrás das grades. Todos estavam em um Onix quando foram abordados pelos investigadores, que faziam diligências na região do Novo Bandeirantes e estranharam o comportamento do grupo.
Segundo um dos policiais civis, mesmo após a ordem de abordagem, os suspeitos demoraram para desembarcar do veículo. Um simulacro foi o primeiro item apreendido no banco traseiro durante a revista. A arma municiada foi localizada embaixo do assento do passageiro, onde estava o rapaz. A droga foi encontrada no porta-luvas.
Antes mesmo de ser conduzido até a delegacia, o jovem, que mora no jardim Monte Belo, zona sul de Londrina, afirmou ser dono de tudo o que foi apreendido, menos a réplica de pistola. Durante interrogatório, ele descreveu para onde estava indo junto com os outros ocupantes do carro. "Passamos na faculdade para pegar um deles e, antes de ir para Sertanópolis, parei para comprar um maço de cigarro. Foi aí que a polícia chegou", comentou.
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Ele confessou ter adquirido a pistola depois de ter sido ameaçado em uma festa. "Nem conheço quem me ameaçou. Bebi, fiquei um pouco alterado e aconteceu algumas coisas envolvendo mulher. Comprei ela (arma) na Bratac há pouco. Peguei pra testar na semana passada, mas estou fixo há uns três dias", apontou.
Sobre a maconha, admitiu apenas ser usuário e voltou a descartar culpa dos colegas, que foram liberados. "Eles são de Sertanópolis. Eu já morei em Cornélio Procópio, Rolândia e me mudei há dois anos para Londrina, quando comecei a trabalhar como repositor do setor de frios em um supermercado. Fiquei até o final de junho, quando fui demitido. As roupas que estavam no carro, inclusive uma touquinha preta, foram compradas pela mãe de um dos rapazes", completou.
Para finalizar a declaração, o suspeito comentou que "preza mais pela segurança e menos preconceito. Sou trabalhador e não vagabundo. Fiz tudo isso (comprar a pistola) por medo, mas não sou bandido".
Tanto o Ministério Público quando a juíza da Vara Criminal de Cambé, Jéssica Valéria Catabriga Guarnier, deliberaram em soltar o jovem depois do pagamento de uma fiança de dois salários mínimos. Ele responderá por porte ilegal de arma de fogo.