Trabalho conjunto entre as polícias Civil, Militar e Científica elucidou e prendeu os autores de dois crimes de latrocínio (roubo seguido de morte) ocorridos em Curitiba e em Matinhos, no litoral do Estado. Foram presos Leonardo Moreira, de 18 anos, e Cleverton Ferreira de Oliveira, 21.
O primeiro caso da tentativa de roubo terminou com a morte do comerciante Lindomar de Souza Matos, 49 anos, além de deixar o filho dele gravemente ferido. De acordo com informações da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), na noite de 10 de fevereiro, o comerciante foi rendido em frente à residência onde morava com a família pelos dois indivíduos armados. "Dentro da casa, sem qualquer motivo aparente, os autores dispararam contra o filho do comerciante, o que causou a reação da vítima, que também veio a ser atingida", conta o delegado-titular da especializada, Osmar Antônio Dechiche.
Os suspeitos fugiram sem levar nada, ainda atirando em direção à residência. A vítima faleceu no local do crime. O filho ficou em estado grave, internado por mais de um mês.
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Na sequência, as investigações apontaram que os dois indivíduos encontravam-se no litoral do Estado, onde no dia seguinte ao crime cometido em Curitiba, 11 de fevereiro, ocorreu outro latrocínio. No município de Matinhos, o empresário Jorge Luiz Carlos, de 60 anos, foi assassinado na panificadora dele, em um roubo mal-sucedido.
"Os ladrões, insatisfeitos com a quantia de dinheiro roubada, dispararam a sangue frio contra o empresário, que veio a falecer no estabelecimento", acrescenta o delegado. Na cidade litorânea, Moreira e Oliveira foram presos em flagrante por equipes da Polícia Militar.
Como as investigações apontavam para os mesmos autores, o delegado da DFR solicitou ao Poder Judiciário da Comarca de Matinhos a arma utilizada no crime, para confronto balístico. A Polícia Científica, por meio do confronto entre os projéteis retirados das vítimas com a arma apreendida com a dupla, emitiu laudo pericial positivo. O chefe da Seção de Balística Forense do Instituto de Criminalística, Marco Antônio de Souza, contou que o revólver calibre 38 apreendido com os presos foi confrontado com os projéteis retirados das duas vítimas. Após o trabalho do perito criminal Francisco da Silva Martins, foram emitidos laudos que confirmam o uso da mesma arma nos dois assassinatos.
"Os laudos emitidos pela Polícia Científica foram essenciais para auxiliar a Polícia Civil na prisão dos suspeitos. Devido ao poder de rastreabilidade da arma, o perito criminal responsável pelos laudos pôde minuciosamente com o uso do microscópio comparador balístico confrontar as armas com os projéteis e elaborar os laudos", explica Hemerson Bertassoni Alves, Diretor Geral da Polícia Científica do Paraná.
Outra prova para o inquérito foi o reconhecimento fotográfico, feito por testemunhas da primeira ocorrência, na capital.
A Polícia Civil solicitou a prisão preventiva dos suspeitos, que já estão presos no sistema penitenciário, à disposição da Justiça. De acordo com a polícia, Moreira já possuía antecedentes por diversos crimes, como porte de arma e tráfico de drogas. Por sua vez, Oliveira tem condenação por desacato.
(As informações são da Polícia Civil do Paraná)