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PF prende 12 por suspeita de fraudar concursos

Agência Brasil
17 jun 2010 às 00:10

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Uma quadrilha que fraudava concursos foi desarticulada hoje (16) pela Operação Tormenta, da Polícia Federal (PF). As investigações comprovaram que seis candidatos que já estavam na Academia da Polícia Federal se beneficiaram do esquema da quadrilha. Essas pessoas foram desligadas da academia e indiciadas por receptação e estelionato.

Os candidatos iriam se formar sexta-feira (18), na Academia de Polícia Federal, e depois seriam efetivados como agentes da PF.

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Além do concurso para agente da Polícia Federal, foram comprovadas fraudes nos últimos concursos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e de auditor fiscal da Receita Federal.

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Segundo o diretor de Inteligência da PF, Marcos Davi Salem, durante a aplicação da prova do concurso da OAB um dos fiscais verificou que havia anotações no caderno de provas de um dos candidatos, o que é proibido pelas regras do concurso, e recolheu o material. O fiscal verificou que as anotações eram respostas das questões da prova.

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Sobre o concurso da Receita Federal de 1994, Salem explicou que na época foram divulgadas informações de fraude no concurso. Por meio de uma ação judicial, 41 pessoas foram autorizadas a fazer o curso de formação, no qual seria aplicada uma prova final. Como não conseguiram acompanhar o curso, elas pediram à quadrilha as respostas da prova. Foi nesse novo contato que a PF verificou a fraude. Por decisão da Justiça, essas pessoas teriam direito a uma indenização no valor de R$ 123 milhões por salários atrasados. A quadrilha receberia parte desse valor.


Os criminosos cobravam entre R$ 50 mil e US$ 150 mil para que os candidatos tivessem acesso aos cadernos de questões. Além disso, cobravam R$ 30 mil para fornecer diplomas aos candidatos.

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Segundo o delegado da Polícia Federal que coordena as investigações, Victor Hugo Rodrigues Alves, os líderes da quadrilha já estão presos. As equipes da PF que executam os mandados de busca e apreensão já conseguiram reunir provas como pontos eletrônicos, cadernos de provas e grande quantidade de dólares. "Todo esse material será analisado", disse o delegado.


Entre os líderes da quadrilha estão um policial rodoviário federal e um dono de universidade de São Paulo. A PF não citou o nome dessas pessoas.


O delegado disse ainda que a Polícia Federal já está ouvindo os candidatos beneficiados pelo esquema da quadrilha. Entre os beneficiários estão o filho do líder da quadrilha, sua nora, sua ex-mulher e amigos.

Eles serão indiciados por formação de quadrilha, quebra de sigilo funcional, estelionato, receptação e falsificação de documentos públicos.


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