Dois policiais militares foram autuados em flagrante nesta segunda, por volta do meio-dia, suspeitos de terem se apropriado de produto de roubo. Além deles, um terceiro PM também está recolhido no 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Londrina, para que sua participação no episódio seja apurada.
Segundo o comandante do 5º BPM, tenente-coronel Rubens Guimarães de Souza, o delegado Sérgio Barroso foi à casa do soldado Adílson Afonso, 26 anos, acompanhado de um PM, e encontrou no local três rodas com pneus e um toca-fitas.
Na tarde de domingo, segundo Barroso, o soldado havia participado da recuperação de um Gol azul, ano 89, de Aparecido Jorge da Silva, que tinha sido furtado no dia 24 no conjunto Maria Cecília (zona norte).
Segundo a vítima, os itens que faltavam no veículo quando ele foi localizado eram justamente os que foram encontrados na casa de Afonso, no jardim Porto Seguro, vizinho ao Maria Cecília. ''Ele (Afonso) disse que havia encontrado as rodas e o toca-fitas abandonados, e que os levaria posteriormente ao plantão da Polícia Civil'', disse Barroso.
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O segundo PM foi detido porque estava junto com Afonso quando ele descarregou as mercadorias em sua casa, segundo o delegado. O terceiro policial era o parceiro de Afonso na tarde de domingo, e por isso foi recolhido. O comando do 5º BPM diz que não irá revelar a identidade dos dois até que sua participação seja explicada.
Segundo Guimarães, o Ministério Público deverá apontar por qual tipo de irregularidade os PMs devem responder - prevaricação, peculato, furto ou apropriação indébita. Considerando-se as penas previstas para cada crime, eles podem pegar sentenças entre seis meses e doze anos.
''O caso também será enviado ao juiz-auditor da Justiça Militar, que pode determinar o desligamento ou não'', explica Guimarães. Nenhum dos três PMs tinha antecedentes. De acordo com o capitão Sérgio Dalben, Afonso está na Polícia Militar desde 1998 e responde a inquérito por participação num acidente de trânsito. ''Não foi uma ocorrência grave, é praxe abrir um processo quando uma viatura se envolve num acidente'', afirma Dalben.
Guimarães diz que o caso não irá afetar a imagem da Polícia Militar. ''O nosso batalhão tem um índice de corrupção muito pequeno. No momento, não há nenhum processo do tipo em curso'', justificou.