A tarde de quarta-feira (28) foi movimentada na 17ª Subdivisão Policial de Apucarana. Depois que o rapaz de 28 anos conhecido como "bandido da moto" foi preso, várias vítimas foram até a delegacia reconhecer o criminoso e dar detalhes dos assaltos que sofreram. Segundo o delegado-chefe da SDP, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, mais 16 pessoas foram ouvidas, algumas inclusive de outras cidades, como Jandaia do Sul e Arapongas.
"Uns reconheceram o capacete, outros o boné, a camisa que foi apreendida e aparece nas filmagens e a moto utilizada pelo criminoso. Ainda não encerrei os depoimentos das vítimas, mas o que coletei já é suficiente para pedir a prisão preventiva à Justiça. Se novas pessoas apareceram denunciando, pode ser que instauremos um novo inquérito. O próximo passso é individualizar cada conduta e indiciá-lo, até o momento, pelos 22 furtos e roubos que conseguimos levantar", disse Rodrigues.
Em entrevista coletiva à imprensa na delegacia, o jovem confessou os crimes, pediu desculpas à população de Apucarana e afirmou que está arrependido do que fez. "Ele foi preso outras vezes, inclusive por furto, e comentou com os jornalistas que assaltou porque está com dificuldades financeiras", comentou o delegado. Foi a primeira confissão pública do "ladrão da moto", que havia admitido os delitos ao ser detido pelos policiais militares. Porém, quando foi interrogado formalmente sobre a prisão, preferiu ficar quieto.
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Das vítimas ouvidas até o momento pela Polícia Civil, a maioria são mulheres com média de 59 anos . Apenas dois homens relataram terem sido assaltados pelo motociclista. "Ele selecionava bem e atacava quem é mais vulnerável, tinha dificuldade de locomoção e não conseguia correr para tentar alcançá-lo. A investigação está praticamente concluída. Nessa conclusão, posso dizer que ele é um assaltante aproveitador. Quando foi preso, estava meio arredio e hostil. Agora que foi apresentado, acalmou os ânimos e, até de forma surpreendente, acabou confessando que é o ladrão da moto", observou o delegado.
A advogada Camila Bárbara Miler, que defende o rapaz, informou que "existem situações ainda a serem analisadas e que serão confrontadas após o encerramento do inquérito policial".