O governador Roberto Requião (PMDB) determinou o afastamento do major-comandante do 6.º Batalhão da Polícia Militar, em Cascavel, Irineu Osires Cunha, do tenente Marco Aurélio de Carvalho, do mesmo batalhão, e do aspirante Eliseu Gonçalves, de Foz do Iguaçu, por considerar que houve excesso na desocupação, sábado, de uma fazenda em Lindoeste por trabalhadores sem-terra.
Houve confronto entre os manifestantes e policiais com troca de tiros. Quatro agricultores foram feridos.
O conflito aconteceu depois que foram encontradas armas na propriedade uma mulher, que é dona da terra onde os trabalhadores estão desde que desocuparam a fazenda em Lindoeste.
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Segundo o governador, o uso de força na operação foi desnecessário e exorbitante.
"Atitudes como esta não serão toleradas pelo governo do Estado", avisou.
Na avaliação de Requião, não havia necessidade do uso de força e nem das medidas colocadas em prática na desocupação.
Foi determinada a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apuração dos fatos e que o inquérito seja acompanhado pelo Ministério Público.
"Em meu governo, não vou admitir que isso se repita. A desocupação, determinada pela justiça, foi feita para garantir a tranqüilidade. Daí o fato de eu não aceitar de forma alguma os excessos cometidos", explicou o governador.
A decisão foi compartilhada pelo comandante-geral da PM, coronel David Pancotti.