A Polícia Civil do Paraná começa a desmantelar a quadrilha responsável por um dos maiores assaltos já registrados na capital paranaense.
Uma operação conjunta entre a Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba e o Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado (DEIC) de São Paulo resultou na prisão de Sandro Aparecido Pereira de Moraes, 27 anos, acusado de ser um dos participantes do roubo ao Edifício Palais Lac Léman, no Mossunguê, em Curitiba, na noite de 1.º de julho deste ano.
Moraes é funcionário público e foi capturado no dia 20 de outubro em São Paulo, onde trabalhava como agente penitenciário no Presídio Feminino da capital paulista.
Leia mais:
Novos deslizamentos interditam completamente a BR-277 na Serra da Esperança, em Guarapuava
Pai é preso por agredir filha de nove meses no Noroeste do Paraná
Operação 'Little Mouse', da PF, mira empresas de rastreamento veicular em Londrina
‘Gerente’ do tráfico na zona norte de Londrina é preso em flagrante
A única ocorrência na ficha criminal de Moraes é relativa a uma queixa por lesão corporal registrada em 1995.
Apesar disto, o delegado Alfredo Dib Júnior, adjunto da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, afirma que Moraes teve participação ativa no roubo.
"Durante o assalto, ele abordava pessoas no saguão do condomínio e também ajudou outros componentes da quadrilha a 'limpar' os apartamentos", disse Dib Júnior.
Em 24 de outubro, Moraes foi encaminhado para Curitiba, onde foi reconhecido por pelo menos 10 vítimas.
De acordo com o delegado, durante o assalto, considerado um dos mais ousados já realizados em Curitiba, foram roubados cerca de R$ 70 mil em dinheiro (dólares e reais) e aproximadamente R$ 600 mil em jóias (em valores de mercado).
Outras oito pessoas estão com a prisão preventiva decretada pela Central de Inquéritos de Curitiba: Marcelo Ventola, João Paulo dos Santos, Davidson Pereira de Moraes, Anderson Carvalho de Freitas, Marco Ricardo Fiorini, Rafael Francisco de Oliveira, e Daniel Frutuoso da Silva.
Todos com extensa ficha criminal, alguns acusados, inclusive, de homicídio.
Segundo Dib Júnior, a prisão dos demais integrantes da quadrilha é uma questão de tempo.
"O líder, que estava de máscara no dia do crime, ficou com a maior parte do produto do roubo", contou Dib Júnior, destacando que a partir da prisão de Sandro Moraes será mais fácil para a polícia chegar até os outros envolvidos.
Para o delegado o sucesso da ação se deve também ao trabalho conjunto com a polícia paulista. "Foi um belo trabalho das duas polícias. A palavra-chave é troca de informações", disse Dib Júnior.
A quadrilha já estava sendo investigada pela polícia de São Paulo, o que deu mais agilidade às investigações.
Os policiais do DEIC já conhecem a quadrilha, que também é responsável por vários crimes naquele Estado.
Segundo Dib Júnior, o número total de assaltantes pode chegar a 15. Além dos que entraram no prédio, há outros envolvidos no crime que deram cobertura do lado de fora do condomínio.
Fonte: Agência Estadual de Notícias