Uma viúva e dois filhos menores ficaram por duas horas como reféns de assaltantes, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A polícia ainda não tem pistas dos dois homens, que incendiaram o carro que tinham usado na fuga.
No final da noite de terça-feira, a família foi rendida por dois homens armados e encapuzados. Eles bateram à porta da casa da professora Jeanine do Rocio Haluch Casagrande, de 43 anos, que fica no bairro Jardim Esmeralda. Quando foi atender, o filho mais velho, de 13 anos, acabou sendo rendido por um dos homens, que apontou o revólver para a sua cabeça. Na mesma hora, o outro homem entrou na casa e tomou a bolsa e os cartões bancários da viúva.
Enquanto um assaltante ficou dentro da casa com Jeanine e o filho de 11 anos, o outro levou o irmão mais velho no carro Atos Prime, de propriedade da professora. O homem dirigiu com o menino até o centro de Curitiba, onde tentou usar os cartões para sacar dinheiro de caixas eletrônicos sem sucesso. De acordo com o superintendente da delegacia de Piraquara, Edson Costa, os assaltantes não teriam conseguido sacar porque passavam das 22 horas. Por conta do racionamento de energia, os caixas eletrônicos não funcionam das 22 horas às 6 da manhã.
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O menino contou em depoimento que o carro atingiu a velocidade de até 180 quilômetros por hora nas ruas centrais, quase atropelando um ciclista no caminho.
Depois de uma hora rodando pelos caixas eletrônicos, o assaltante voltou para a casa, trazendo o menino. Os dois homens então começaram a carregar objetos. Eles levaram talões de cheque, jóias, o telefone celular da professora, além de aparelhos de tv e de som. A estimativa inicial da polícia é que o prejuízo tenha sido de cerca de R$ 3 mil.
Os dois homens fugiram por volta de uma hora da madrugada, com o carro da professora, depois de duas horas. O Atos foi encontrado mais tarde todo incendiado em um matagal, numa região deserta à beira da BR-277.
O superintendente Costa disse que ainda não há pistas sobre a identidade dos dois homens. Como eles estavam encapuzados, a professora só pode observar que os dois tinham estatura mediana e eram magros. Um era castanho e o outro moreno. A polícia não tem testemunhas do incêndio do carro.