Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade

Um longo caminho

15 out 2007 às 11:00
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Copa do Mundo começou para o Brasil. De forma melancólica e dando mostras que a campanha nas Eliminatórias será longa e sofrida. Sem um pingo de inspiração, e dando como desculpa a altitude - que realmente é um fator que interfere, mas não a ponto de fazer uma equipe esquecer como se joga -, os jogadores brasileiros não repetiram a única boa apresentação do ano, na final da Copa América.

Boa parte da responsabilidade deve ser creditada ao técnico Dunga, que até começou bem, escalando pela primeira vez sob seu comando o trio Ronaldinho-Kaká-Robinho. Mas, quando os três naufragaram, talvez vítimas da tempestade que atrasou por 45 minutos o início da partida, o treinador demorou demais para mexer no time. E quando fez, errou feio. Sem conseguir uma jogada trabalhada sequer no campo de ataque, e pressionado pela Colômbia - que só não abriu o marcador porque seus jogadores continuam com os velhos problemas de excesso de individualismo e condução excessiva de bola -, o Brasil não levou perigo algum aos donos da casa.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


A falta de criatividade brasileira apenas piorou quando Dunga sacou Robinho e Vágner Love para colocar Júlio Baptista e Josué, apostando no ultra-defensivo esquema 4-6-0, com quatro volantes e dois meias jogando como falsos atacantes. A tática não deu nenhum resultado e nem mesmo a entrada de Afonso no lugar de Kaká modificou o rumo da partida. No fim, apenas Júlio César se destacou individualmente, sendo o único a se salvar da desastrosa atuação do time. Que só não foi derrotado porque a renovada Colômbia já não ocupa mais o posto de quarta ou quinta força continental, status que já possuiu na década passada.

Leia mais:

Imagem de destaque

Uma lição difícil de aprender

Imagem de destaque

Decepção em massa

Imagem de destaque

Doce regresso

Imagem de destaque

Festa armada na pátria amada


Avaliações

Publicidade


Júlio César - único destaque da partida, com defesas seguras e transmitindo a tranqüilidade que Doni não passa - nota 7;


Maicon - pouco apoiou e foi envolvido pelos dribles adversários - nota 4;

Publicidade


Lúcio - depois de esbanjar categoria em algumas partidas, voltou ao habitual estilo estabanado, mas não comprometeu - nota 5;


Juan - um pouco melhor que o parceiro de zaga, ainda tentou puxar contra-ataques, algo que laterais e meias não fizeram - nota 6;

Publicidade


Gilberto - burocrático e cada vez mais parecido com Roberto Carlos em suas últimas partidas pela seleção. Só foi bem na cobertura dos zagueiros em dois lances perigosos dos colombianos - nota 4,5;


Mineiro - nem sombra do jogador que foi no São Paulo. Errou passes fáceis - nota 5;

Publicidade


Gilberto Silva - não comprometeu e não brilhou, mas pode fazer mais - nota 5,5;


Kaká - deixou seu futebol na Itália e nada fez - nota 4;

Publicidade


Ronaldinho - deixou seu futebol na Espanha e nada fez - nota 4;


Robinho - tem a desculpa da contusão, mas também não fez nada - nota 3,5;

Publicidade


Vágner Love - o esquema de jogo não colabora, mas ainda não justificou suas freqüentes convocações para a seleção - nota 2;


Júlio Baptista - entrou para segurar o jogo - nota 5;


Josué - entrou para segurar ainda mais o jogo - nota 5;


Afonso - entrou para tentar aproveitar um eventual cruzamento, mas não teve chances - sem nota;


Dunga - convocou mal, escalou bem e foi péssimo nas alterações. Deixou Robinho muito recuado, Vágner Love isolado e depois congestionou o meio-campo para segurar o empate. Aprendeu as piores lições de Parreira - nota 1.


Enquanto isso


Argentina vence sem muito esforço, Uruguai goleia fragílima Bolívia e Venezuela surpreende Equador. As Eliminatórias apenas começaram, mas já deram mostra de que serão sofridas.


Na Ásia, após duas goleadas (6 a 1 e 7 a 1) para a Tailândia, Macau é o oitavo país eliminado da Copa 2010, sem contar outros três que desisiram.


Nota 10


Para a Venezuela, que venceu fora de casa e pela primeira vez na história ocupa a zona de classificação para a Copa. Sem dúvida é a seleção que mais evoluiu na América do Sul, ultrapassando Bolívia e Peru, se igualando ao Chile e à Colômbia, e já ameaçando Uruguai, Equador e Paraguai.


Nota 0

Para o excessivo pragmatismo de Dunga, que segue à risca os conceitos de Parreira, considerando um gol um mero detalhe e o empate um excelente resultado.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade