A UEL, por meio da Aintec (Agência de Inovação Tecnológica), oficializou, nesta quarta-feira (31), um acordo de cooperação técnico-científica e inovação tecnológica com a AAC&T Consultoria de Pesquisa Ltda, empresa de Ponta Grossa especializada em assessoria e consultoria, para o desenvolvimento de um SISD (Sistema Integrado de Simulação de Doenças).
Pelo acordo de cooperação, pesquisadores da UEL desenvolverão uma plataforma para avaliação epidemiológica de doenças como Covid-19, Dengue, Chikungunya, dentre outras. O objetivo é estabelecer informações qualitativas sobre o comportamento de doenças com foco em planejamento, gestão e formulação de políticas públicas de saúde. O acordo terá prazo inicial de cinco meses e a expectativa é que o produto final possa gerar um registro de software.
A plataforma será desenvolvida por pesquisadores da área de Matemática e da Computação. Já a AAC&T fará a análise e validação epidemiológica. O Sistema Integrado de Simulação de Doenças deverá possibilitar a avaliação de características qualitativas que propiciem mensurar o comportamento de uma doença a partir das condições iniciais especificadas, como dados do agente viral, isolamento social, situação de cobertura vacinal, etc.
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Segundo a reitora Marta Favaro, o acordo representa mais uma conquista da comunidade científica da UEL em busca da inovação e da produção de novas tecnologias. Ela lembrou que a Aintec tem obtido seguidos resultados na regulação de acordos, projetos e produtos. “São conquistas espetaculares que fazem a Universidade avançar nessa área tão importante de produção e de difusão da tecnologia”, comentou a reitora.
O modelo matemático será desenvolvido pelo professor Paulo Liboni, do Departamento de Matemática da UEL. A partir desse modelo, caberá aos pesquisadores do Departamento de Computação construírem a interface propriamente dita. Este trabalho ficará sob a responsabilidade do professor Jacques Duilio Brancher e do estudante do Programa de Pós-graduação em Ciência da Computação da UEL, Edson Luiz Pilati Filho. A sócia da AAC&T, Camila Marinelli Martins, fará a validação epidemiológica do projeto.
Segundo o professor Paulo Liboni, a ferramenta que será criada poderá ser utilizada em inúmeras doenças. Ele explica que por meio da plataforma será possível, por exemplo, ter acesso a informações qualitativas como curva de mortalidade, de infecção e de internação. “O sistema não mostrará números, mas tendências, possibilitando realizar um planejamento”, orienta.
Ainda de acordo com o professor, o sistema funcionará à base de um modelo matemático probabilístico alimentado com grupos de parâmetros. Feita a devida inserção das condições iniciais, o sistema poderá apontar o comportamento da transmissão da doença, a prevalência em função do tempo, o comportamento da média de óbitos, o comportamento da evolução dos novos casos, a taxa média de adoecimento e outros.
A sócia da AAC&T, Camila Marinelli Martins, exemplifica que o SISD teria condições de prestar informações importantes sobre a Covid apontando, por exemplo, tendências de óbitos e a taxa de transmissão da doença. Segundo ela, com essas informações em mãos seria possível antever os impactos sociais da doença e traçar estratégias pontuais de controle.
Além da reitora da UEL, participaram da assinatura do acordo de cooperação técnico-científica, o diretor da Aintec, professor Edson Miura; a Diretora Presidente da Fundação de Apoio da UEL, Graça Maria Simões Luz; o sócio da AAC&T, Thiago Garcia e o Assessor Técnico da Agência de Inovação, Marinno Arthur.