A UEL recebeu, na manhã desta quinta-feira (14), o professor Yurii Latysh, 43 anos, o quarto pesquisador ucraniano que vem a Londrina por meio do Programa Paranaense de Acolhimento aos Cientistas Ucranianos, da Fundação Araucária, que conta com o apoio da Seti (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) do Paraná.
Doutor em História, Latysh irá atuar por dois anos junto ao PPGHS (Programa de Pós-graduação em História Social), do CLCH, e será colega de centro de estudos dos conterrâneos Katherina Hodick (Letras Estrangeiras Modernas) e Ivan Ostashchuk (Filosofia). A primeira ucraniana recebida na UEL foi Maria Boiko (Microbiologia), em maio de 2022.
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Professor associado na faculdade de História da Universidade Nacional de Kiev Taras Shevchenko, Latysh também é pesquisador visitante na Universidade Hebraica de Jerusalém. É autor de mais de 100 artigos acadêmicos que atravessam temas relacionados à historiografia e memória da Ucrânia e também da União Soviética, assim como dos 15 estados independentes que emergiram com o fim do bloco soviético.
Para o professor do Departamento de História e supervisor do trabalho que será realizado por Yurii, Francisco César Alves Ferraz, a presença do pesquisador ucraniano na UEL será valiosa, especialmente na colaboração com pesquisas relacionadas ao período anterior à formação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
“Porque há todo um contexto histórico de disputa de memória de onde surgiram a Rússia e a Ucrânia. Putin, por exemplo, diz que a Rússia nasceu na região de Kiev, no Rus, que seria aquela região da Ucrânia. Então, há toda uma disputa histórica em relação a isso”, lembra o professor.
Neste sentido, os estudos atualmente desenvolvidos pelo ucraniano têm o objetivo de jogar à luz os apelos históricos feitos pelo governo russo para sustentar a ofensiva bélica contra a Ucrânia.
“Ele tem se esforçado, concentrado seus estudos nessas disputas por memória, que os russos jogam para um lado e os ucranianos defendem por outro. E isso são demandas nacionais e nacionalistas que, no caso extremo de guerra, são ainda mais violentas. É uma situação muito difícil e entender como esse processo surge é muito importante nesse momento”, completou o professor.
Yurii é fluente no idioma russo e tem boas habilidades de comunicação na língua inglesa – o desafio, agora, é aprender o português. Por isso, explica a ARI (Assessora de Relações Internacionais) da UEL, Viviane Bagio Furtoso, o professor já deu início aos estudos no Curso de Português para Estrangeiros, oferecido pela UEL por meio do Programa Paraná Fala Idiomas.
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Na manhã desta quinta, Yurii Latysh foi recebido pela reitora da UEL, Marta Favaro, no Gabinete da Reitoria, onde também estiveram reunidos a chefe de gabinete da Reitoria, Lisiane Freitas de Freitas; a direção do Centro de Letras e Ciências Humanas, composta pelas professoras Laura Taddei Brandini (chefe) e Renata Schlumberger Schevisbiski (vice-chefe); o coordenador do PPG em História Social, Claudio Luiz DeNipoti; o diretor de Programas, Projetos e Iniciação Extensionista e da Proex (Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Sociedade), Paulo Liboni; e a servidora da ARI (Assessoria de Relações Internacionais) Gabriela Okamoto Dalla Costa.
A conversa ainda contou com a tradução em inglês da aluna do projeto de Extensão “UEL Acolhe: integração extensionista com cientistas ucranianos” Andressa Tassi.
PROGRAMA DE ACOLHIMENTO
O Programa Paranaense de Acolhimento aos Cientistas Ucranianos já recebeu 19 pesquisadores, distribuídos entre as seguintes universidades, além da UEL: UENP, PUC, UTFPR – Campus Medianeira, Unicentro, Unioeste, Unila, UEPG, IFPR e UEM. Por meio de editais de fluxo contínuo com duração de dois anos, até 50 bolsas de estudos foram disponibilizadas com o objetivo de apoiar financeiramente as instituições científicas e tecnológicas e de inovação paranaenses na acolhida dos pesquisadores ucranianos na pós-graduação stricto sensu.
Conforme as regras do programa de acolhimento, cujo primeiro edital está chegando ao fim no primeiro semestre de 2024, cada pesquisador ucraniano recebe bolsa mensal de R$ 10 mil (Bolsa categoria Pesquisador Visitante Especial 1). Esta categoria é voltada para pesquisadores com no mínimo cinco anos de experiência em pesquisa. Por meio do programa criado pelo Governo do Paraná, foram disponibilizados R$ 18 milhões para o apoio às instituições acadêmicas e governamentais parceiras.
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