O Palmeiras apresentou na tarde desta terça-feira Erasmo Damiani como seu novo coordenador das categorias de base, além de ter anunciado o fim da equipe B. E, na onda das mudanças, o diretor-executivo José Carlos Brunoro prometeu mais uma, que será benéfica ao clube: cortar a participação de empresários nos times inferiores do Verdão.
Segundo ele, o Alviverde não aceitará mais jogadores que tenham os direitos pertencentes em sua maior parte a um agente, e a menor parte ao clube. Para um garoto acertar, o Palmeiras terá de ser o maior "dono".
- Vai mudar muito, a regra do jogo quem vai mandar é o clube. Temos precentuais determinados mínimos e maximos que cabem ao empresário. Nao vai poder ser como é hoje. Será bastante clara a relação, e só vamos discutir com um empresário. Não vai ter braço de um, perna de outro... Só vamos falar com um. - disse.
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- Vamos começar a inverter isso nos mais jovens, os que estão chegando agora, depois tem a sequência de idades, vão subindo e ocupando o espaço. Tempo é difícil, mas vamos começar um pouco mais cedo sobre isso. Esse percentual varia muito de categoria. Mas sempre mantendo essa distância de no máximo 40% para o agente a 60% do clube. Se vier um Messi, eu divido 50% (risos) - explicou.
Segundo ele, os atletas que já pertencem ao clube e o empresário tem maior parte dos direitos serão analisados individualmente e, caso não seja detectado potencial no jogador, ocorrerá a rescisão. Para os que interessarem, haverá tentativa de negociação.
O dirigente também pretende mudar a relação com investidores. - O investidor vai ter que jogar o jogo do clube, não do empresário. Investidor, se quiser ter jogador, mas com o jogo do clube, sem outro interesse. Senão perdemos força na base. O que é melhor pra clube e atleta, o investidor tem de entender que é melhor pra ele - falou.
Sobre o trabalho desde que chegou ao clube, Brunoro se diz satisfeito com o que a nova diretoria vem desenvolvendo. - Estou sobrevivendo (risos). Mas tem sido ótimo, todos esses diagnósticos me dão motivação muito grande porque vejo mais soluções que problemas. Precisamos tomar atitudes duras em alguns aspectos, pro trabalho seguir no futuro. Mas estou muito feliz, fizemos muita coisa de reestruturação interna, de pessoas, de mentalidade, tranquilidade do elenco, recuperação do elenco, tudo isso com o bonde andando, que é muito mais dificil. Tivemos ótimos resultados, tirando a fatalidade do Tigre, que causou stress não sei porque, sendo que é um resultado normal fora de casa - completou.