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Pressão

CBF quer SP fora da Copa do Mundo, revelam cartolas

Agência Estado
02 jun 2011 às 08:32

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A CBF está por trás da pressão sobre São Paulo e das ameaças de deixar a cidade de fora da Copa de 2014, e não a Fifa. A revelação foi feita por dirigentes da entidade que conversaram com o Estado sob a condição de que seus nomes não fossem divulgados.

Eles garantem que a pressão vem diretamente do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e asseguram que a Fifa não tem interesse em ver a cidade excluída.

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"A ideia deles (CBF) é mesmo concentrar as atividades no Rio de Janeiro. Isso vem de Ricardo (Teixeira)", assegurou Geoff Thompson, ex-vice-presidente da Fifa - ele deixou o cargo nesta quarta-feira e, exatamente por isso, se sentiu à vontade para falar.

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A relação de Teixeira com o PSDB, partido que governa São Paulo há 16 anos, é conflituosa desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

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Foi na administração do ex-presidente que duas CPIs investigaram os negócios do cartola, no cargo desde 1989. E quando iniciou-se a guerra aberta do dirigente contra expoentes do tucanato paulistano, como Silvio Torres (ex-deputado que relatou a CPI dedicada a investigar o contrato entre CBF e a Nike).


Teixeira, que nunca teve interlocução com o atual governador do Estado, Geraldo Alckmin, também é amigo pessoal do senador Aécio Neves (PSDB-MG), neste momento envolvido numa disputa interna na sigla com correligionários de São Paulo.

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A cidade se transformou na maior polêmica da Copa porque demorou a equacionar problemas políticos e financeiros para a construção do estádio do Corinthians, em Itaquera.


Por causa disso, foi excluída da Copa das Confederações e está sob a ameaça de perder a cerimônia de abertura do Mundial.


Para Thompson, não há como pensar a Copa sem a maior cidade brasileira. "São Paulo precisa entrar e vai ser mantida. É muito importante", afirmou.

Nesta quarta, a Fifa disse que está "tudo sob controle" com relação à preparação do Brasil. "Temos apoio da nova presidente do Brasil (Dilma Rousseff), que nos deu garantias de que problemas serão superados nas áreas de aeroportos, transporte e acomodação", disse o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke.


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