As brigas políticas parecem não ter fim na Portuguesa. Presidente da diretoria executiva durante oito anos, Manuel da Lupa foi expulso do conselho deliberativo. Na noite de quarta-feira, uma reunião dos conselheiros apontou o ex-dirigente como culpado pelo rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro de 2013, e decidiu pela sua expulsão. O ex-mandatário, porém, promete recorrer judicialmente.
Manuel da Lupa é acusado de estar ciente sobre a suspensão do meio-campista Héverton para a última partida do Brasileirão de 2013 contra o Grêmio, mas de não comunicar o técnico Guto Ferreira e outros dirigentes responsáveis pelo futebol. Com a entrada do jogador em campo, por apenas alguns minutos, o clube acabou punido com quatro pontos e foi rebaixado para a Série B.
A comissão de ética reuniu acusações contra o ex-presidente e propôs a expulsão, que acabou aprovada com 65 votos a favor contra apenas quatro contra. Com a decisão, Da Lupa perde todos os direitos de voto e decisões do conselho.
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DEFESA DE DA LUPA - Assim que soube da decisão, Manuel da Lupa utilizou uma rede social para protestar. Segundo ele, o presidente do conselho deliberativo não poderia colocar em pauta a votação sem antes o conselho de ética ouvir o atual presidente da Assembleia, o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o que não aconteceu. Diante disso, ele promete buscar proteção judicial.
"Para defender os meus legítimos direitos de sócio patrimonial, há mais de 41 anos e membro nato do clube, serei forçado a buscar proteção judicial. (...) O presidente do Conselho Deliberativo, de forma política, ilegal, arbitrária e ditatorial, colocou em deliberação e votação o caso Héverton, na reunião ordinária do Conselho Deliberativo, onde estavam presentes somente 80 Conselheiros, em um total de 380, que devidamente instruídos, votaram pela minha eliminação do clube", escreveu Manuel da Lupa.