O advogado Marcelo Franklin, que defende Coaracy Nunes, presidente afastado da Confederação Brasileira de Esportes Aquáticos (CBDA) que foi preso nesta quinta-feira na Operação Águas Claras, da Polícia Federal, considerou a prisão como uma "providência severa".
Franklin afirma que a operação que apura um esquema de desvio de recursos públicos repassados à CBDA não considerou o estado de saúde do dirigente de 79 anos e que está à frente da entidade desde 1988.
"Salvo melhor juízo, (a decisão) foi dada por um juiz incompetente. Não considera o fato de o Coaracy não ser mais presidente da entidade, ser um senhor de 79 anos e que foi submetido recentemente a uma cirurgia no cérebro. Não havia necessidade de uma providência tão severa como essa. Essa decisão deve ser reformada muito em breve", declarou o advogado, na sede da CBDA no Rio de Janeiro.
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O mandato do Coaracy à frente da CBDA terminou no dia 9 de março. O dirigente foi afastado, e o advogado Gustavo Licks foi designado pela Justiça como administrador provisório da confederação enquanto uma nova eleição não é realizada.
A sucessão de Coaracy está indefinida. No dia 15 de março, a juíza Simone Gastesi Chevrand, da 25ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, acatou o pedido de adiamento da votação. A nova eleição seria realizada no dia 18 de março, mas o pleito foi adiado pela Justiça por conta de um pedido de parte de alguns atletas, que questionam a forma considerada antidemocrática como foram feitas as escolhas do então presidente Coaracy para a comissão de atletas, que tem direito a voto na eleição.
Duas chapas estão na disputa. A situação, que tem como candidato à presidência Sérgio Silva e Marcelo Amin como seu vice, e a oposição, com a chapa "Inovação e Transparência" encabeçada pelo presidente da Federação Aquática Paulista, Miguel Cagnoni.