Diretor-médico da comissão atlética brasileira de MMA, Márcio Tannure comentou nesta quarta-feira sobre o caso de doping envolvendo Anderson Silva, que testou positivo para o uso das substâncias proibidas drostanolona e androsterona em teste antioping realizado antes da luta contra Nick Diaz, derrotado por pontos no último sábado, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Em entrevista ao canal SporTV, Tannure, que também é médico pessoal do atleta, revelou que falou com o astro na última terça e notou um Anderson Silva "realmente chateado, bem desapontado porque afirma não ter usado (doping) em momento algum". "Eu particularmente acredito nele, já que ele tem uma carreira exemplar e nunca passou por uma coisa dessa. Ele está muito desapontado e não está entendendo o que aconteceu", disse o médico.
Em seguida, Tannure também destacou que o astro do UFC só deverá se pronunciar após o fim deste processo envolvendo o seu doping. Ele acredita na absolvição do ídolo do UFC e que, apenas após este período de investigação em relação ao caso, o lutador irá se explicar. Ele ainda pode solicitar uma contraprova do exame antidoping.
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"Antes de se pronunciar, ele quer esperar terminar esse processo, que ainda está em andamento para depois fazer um comunicado oficial ou não. Até provar que ele é inocente, que eu acredito que é o que vai acontecer", ressaltou Tannure.
No mês passado, Anderson Silva foi submetido a três exames antidoping, sendo dois de sangue, nos dias 9 e 19, e um de urina, no dia 31. Os dois últimos deram resultado negativo para doping, mas o primeiro deles apontou o uso das substâncias proibidas.
Tannure admitiu que estas substâncias podem ficar no organismo de uma pessoa por até oito semanas, mas disse ser "muito cedo para falar qualquer coisa ou tomar qualquer partido". "O processo ainda está em andamento, a própria Comissão (Atlética do Estado) de Nevada ainda não se manifestou. Ele fez mais dois exames depois disso e pode ter acontecido alguma contaminação, algum erro, algo que é incomum, mas pode ter acontecido. E ele também tem o direito de pedir a contraprova, que pode mostrar isso. Antes de falar qualquer coisa é preciso esperar terminar esse processo que ainda não foi terminado", destacou o médico.