Vai começar uma das maiores aventuras do planeta. No dia 1º de janeiro, enquanto o mundo saúda a chegada do Ano Novo, competidores de todas as partes do globo se reúnem em Assunção, no Paraguai, para a largada promocional do Rally Dakar. Serão 14 dias de muita emoção até a chegada em Buenos Aires, na Argentina, com 8.818 quilômetros no total, sendo 4.089 de trechos cronometrados (especiais). A prova também passará pela Bolívia.
Em busca da glória de colocar o nome na história do Dakar, 525 competidores (divididos em 341 veículos, entre carros, motos, quadriciclos, UTVs e caminhões) de 59 nacionalidades vão partir da capital paraguaia.
Entre eles estão oito brasileiros: a dupla Leandro Torres e Lourival Roldan, que disputará a categoria UTVs com um veículo Polaris, três pilotos de moto – Gregorio Caselani (Honda), Richard Fliter (Honda) e Ricardo Martins (Yamaha); Marcelo Medeiros, nos quadriciclos (Yamaha), e Sylvio de Barros e Rafael Capoani (MINI), nos carros.
Leia mais:
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
Leandro-Lourival, aliás, é a dupla mais experiente entre todos os brasileiros esse ano. O navegador Roldan acumula 10 participações na maior prova do mundo, nas categorias Carros e UTVs, e Leandro irá pela segunda vez. Detalhe: Leandro conseguiu um feito considerado raro para muitos que estreiam em uma prova desse nível, que é completar a competição. Sylvio foi para o maior rali do mundo uma vez de moto, em 2007, mas não completou e os demais participantes são estreantes.
Segundo Étienne Lavigne, diretor do Dakar, esta é a edição mais difícil da história sul-americana da prova. A diferenças de temperatura – largada na casa dos 40°C e trechos abaixo de zero – e oscilação de altitude (do nível do mar para mais de 5.000 metros) justificam a opinião do responsável pela prova, que será realizada pela 37ª vez, a nona na América do Sul.
Favoritos
Nas motos, o domínio é da KTM, que venceu as últimas 15 edições (2001 a 2016) e que tem o atual campeão, o australiano Toby Price, como favorito para mais uma conquista. Ele terá como companheiro no time o austríaco Matthias Walkner e o britânico San Sunderland. Mas a Monster Energy Honda Team também irá brigar pelo título. Seus principais pilotos são o português Paulo Gonçalves e o espanhol Joan Barreda. O argentino Kevin Benavides, quarto colocado em 2016, também estava nesta lista de favoritos, mas sofreu fratura na mão direita após cair durante um treino e foi obrigado a desistir.
O português Hélder Rodrigues e o francês Adrien van Beveren (Yamaha) também estão entre os desafiantes. E pela Husqvarna, o chileno Pablo Quintanilha também deve dar trabalho.
Nos carros, o dream team da Peugeot estará mais forte que nunca. Stéphane Peterhansel, que possui 12 títulos, seis em parceira com o navegador Jean Paul Cottret, é o favorito. A marca francesa tem ainda como representantes Carlos Sainz/Lucas Cruz e Sébastien Loeb/Daniel Elena, além de Cyril Despres/David Castera. Eles terão concorrentes de peso, como o bicampeão Nasser Al-Attiyah (Toyota), e Giniel De Villiers e Nani Roma (Toyota) e Mikko Hirvonen (Mini).
Nos caminhões, Gerard de Rooy (Iveco) tentará o segundo título seguido. Ayrat Mardeev (Kamaz) e o argentino Federico Villagra (Iveco), também aparecem entre os favoritos. Nos quadris, Rafal Sonik (Yamaha) é o principal nome. Nos UTVs, a dupla formada pelo chinês Mao Ruijin e o francês Sebastien Delaunay (Polaris) se destaca.