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Reviravolta

Campeã mundial, Roseli larga loja e volta a treinar boxe

Agência Estado
15 jan 2014 às 14:31

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A vida de Roseli Feitosa sofreu mais uma reviravolta. A boxeadora, que tem apenas 24 anos, passou de campeã mundial em 2010 a derrotada na primeira luta da Olimpíada de Londres. Depois disso, foi excluída da seleção, vencida na final do Brasileiro, pega no doping, suspensa por um ano e punida com a perda da Bolsa Atleta até virar lojista na Oscar Freire pra se sustentar.

Mas a boxeadora não se deu por vencida. Por conta da reportagem publicada pela Agência Estado, a vida dela mudou. Roseli afirma ter lido o texto e se inspirado na própria história. Pediu demissão da loja em que trabalhava como operadora de caixa, voltou a treinar e agora procura academias para dar aulas de boxe. "Estou muito feliz, como esperança. A matéria me ajudou muito, me deu uma luz", contou ela à reportagem, revelando que decidiu mudar de vida.

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Na Schutz, loja de bolsas e calçados na Oscar Freire, ela ficou apenas um mês. Apesar do doping por diurético, que colocou uma mancha no seu currículo, a empresa lhe deu uma segunda chance. Ela agradeceu, mas seu lugar é mesmo o boxe. Mesmo precisando do salário - perdeu a Bolsa Atleta e o patrocínio que tinha -, decidiu largar tudo e voltar a treinar, algo que ela não tinha tempo para fazer enquanto trabalhava como comerciária.

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A reportagem publicada pela Agência Estado também abriu portas que estavam fechadas para Roseli. Só por conta da repercussão é que Tony Gomes, treinador de Roseli, descobriu que ela estava trabalhando no comércio. Logo ele tratou de convidá-la a voltar para o boxe. É também Tony quem corre atrás de academias que queiram ter uma ex-campeã mundial dando aulas da nobre arte.

Punida por um ano de suspensão pela CBBoxe, retroativa a 26 de junho, data do exame antidoping, Roseli só ficará mais cinco meses sem lutar. Assim, poderá participar normalmente do Mundial Feminino, marcado para outubro, em local ainda a ser definido. Para isso, porém, ela ainda precisa voltar à seleção. Quem sabe não vem aí mais uma reviravolta.


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