O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira aquela que pode ser a primeira de uma série de sanções contra o esporte do Quênia. O comitê olímpico nacional do país africano, uma das potências do atletismo, viu ser suspenso o repasse de verbas por parte do COI, em medida preventiva que pode ser estendida durante a reunião do Comitê Executivo do COI na semana que vem.
A punição foi aplicada depois que o Comitê Olímpico do Quênia (NOCK, na sigla em inglês), presidido pelo bicampeão olímpico Kip Keino, se reuniu na última terça-feira e rejeitou aprovar as mudanças estatutárias pedidas pelo COI. É a segunda vez em uma semana que isso acontece.
"O COI está extremamente desapontado com o desfecho da assembleia geral extraordinária do NOCK, que não corrigiu as questões de governança da forma apropriada", disse o COI, em nota, explicando porque cortou "todos os pagamentos e subsídios" do comitê olímpico do Quênia.
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Agora, a expectativa é que no encontro da semana que vem Pyeongchang, na Coreia do Sul, palco da Olimpíada de Inverno do ano que vem, o COI vote a suspensão do Quênia. Seria uma forma de pressionar o país africano a enfim regularizar a situação do seu comitê olímpico, dissolvido pelo governo em meio a um escândalo de corrupção.
Estão envolvidos em escândalos de corrupção boa parte dos antigos dirigentes da entidade, incluindo dois vice-presidentes e o secretário-geral, acusados de desviarem recursos e equipamentos cedidos pela Nike e que nunca chegaram aos atletas. Em novembro, o novo vice-presidente da entidade, presidente da federação de natação, foi preso escondendo diversas sapatilhas e roupas de corrida que a Nike enviara os atletas.
Uma eventual suspensão impediria o Quênia de participar dos Jogos Olímpicos de Inverno, competição de qualquer forma o país não disputa desde 2006. Os quenianos teriam três anos para se adequarem antes dos Jogos de Tóquio, em 2020.