Dono da equipe Force India, o empresário magnata Vijay Mallya foi preso nesta terça-feira pela polícia britânica em Londres após pedido das autoridades indianas, onde ele é acusado de lavagem de dinheiro e de ter dívidas bancárias de mais de US$ 1 bilhão em empréstimos para a sua companhia aérea, a Kingfisher Airlines, que já foi fechada.
Mallya foi preso depois de comparecer a uma delegacia nesta terça-feira, explicou em um comunicado a Polícia Metropolitana de Londres. Em uma audiência preliminar, lhe foi concedida uma fiança condicional, sendo liberado, com o a avaliação do caso sendo adiada até 17 de maio.
Em Nova Délhi, o governo saudou a prisão de Mallya, dizendo que agora espera a extradição do empresário. "Mallya será trazido de volta à Índia. O governo está trabalhando para isso. Ninguém será poupado", disse Santosh Gangwar, o ministro das Finanças.
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A Direção de Execução da Índia processa o magnata, dono da empresa de bebidas alcoólicas UB Group e de um time de críquete no seu país, por uma dívida de 94 bilhões de rupias (cerca de US$ 1,45 bilhão), e pediu no ano passado a presença de Mallya durante o processo em Nova Délhi. Na época, disse que o magnata não estava cooperando com os investigadores, e ignorou três convocações para falar sobre o caso.
Com as dívidas sendo cobradas por bancos, Mallya deixou a Índia em março de 2016, passando a viver na Grã-Bretanha e se recusando a voltar ao país para participar do seu julgamento. A Índia, então, cancelou o seu passaporte e pediu a sua extradição para as autoridades britânicas.
O fracasso da Kingfisher Airlines, que o empresário lançou em 2005, provocou o aumento das suas dívidas e desencadeou o colapso de vários das suas empresas. O governo indiano em 2012 suspendeu a licença da companhia aérea depois de não ter pago pilotos e engenheiros por meses.
Enquanto Mallya enfrenta problemas com a Justiça, a Force India faz um bom início de temporada na Fórmula 1. Após três provas, a equipe ocupa o quarto lugar no Mundial de Construtores com 17 pontos.