A edição 2015 das 500 Milhas de Londrina, disputada no último sábado (28), terminou após sete horas da largada - as 500 milhas não foram completadas e a corrida terminou pelo tempo limite de duração. A dupla sul-mato-grossense formada por Nilson Cintra e José Roberto Ribeiro garantiu a vitória na última hora da corrida e se sagrou bicampeã, repetindo o feito de 2012. O governador Beto Richa (PSDB) participou do evento integrando a equipe do protótipo 257.
A forte chuva que atingiu o autódromo Ayrton Senna obrigou as equipes a trocar os pneus por modelos de chuva. Às 15h56 a chuva diminuiu e a largada foi mantida para o horário previsto, porém com o Safety Car à frente do pelotão.
O líder Nilson Cintra só pode acelerar depois de quatro voltas, quando o carro de segurança foi para os boxes; na quinta volta, o protótipo Tubarão n° 78 guiado por Franco Pasqueli foi o primeiro carro a entrar nos boxes para reparos e duas voltas depois houve a segunda intervenção do Safety Car na prova devido a problemas com o protótipo n° 37 guiado por Paulo Varassin.
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Na relargada, o Predador n° 35 assumiria a ponta nas mãos de Jair Bana, que nesse ano teve como companheiro de equipe Maicon Tumiate, piloto que estava fora das 500 Milhas de Londrina desde 2013. Duda Bana se acidentou na sexta-feira (27) e teve uma fratura no dedo da mão direita, ficando impossibilitado de participar da corrida ao lado de seu pai.
O grande susto da prova aconteceu na 30ª volta, quando Carlos Ortolani a bordo do protótipo n° 77 da equipe Minipa Racing realizou ultrapassagem sob o Puma-Audi de João Weiller tocando no carro n° 107 e rodando violentamente na reta, batendo contra o muro dos boxes. O piloto logo indicou que estava consciente, mas com muita dor e sem conseguir sair do carro.
A equipe de resgate trabalhou para retirar o piloto do carro e o primeiro atendimento foi realizado, constando fratura no fêmur esquerdo do piloto que foi removido para o Hospital do Coração de Londrina.
Após a limpeza da pista, a bandeira quadriculada foi utilizada apenas na 41ª volta. Devido à chuva, o carro de segurança precisou entrar na pista por diversas vezes, inclusive quando o Predador de Jair Bana atingiu o protótipo n° 86 na entrada da reta dos boxes abandonando a prova quando se preparava para passar a pilotagem para Tumiate.
O MRX n° 80 da equipe Power Imports assumiria a ponta, mesmo após sua parada nos boxes na volta 79; nesse momento, o Tubarão n° 5 aparecia na segunda colocação seguido pelo protótipo Spyder n° 151 da equipe paulista AT Autosport.
Na volta n° 141, o então líder é surpreendido por um princípio de incêndio ao parar nos boxes. Após sanar o problema, a equipe verifica que existe um vazamento de óleo e tenta reparar o problema para recolocar o protótipo na pista, mas a falha persiste e impede o retorno à prova no giro n° 159, quando o outro MRX n° 37 assumiria a ponta.
Com as paradas nos boxes dos protótipos n° 37, quem assumiria a liderança seriam os paulistas da AT Autosport e se manteriam na ponta por quase meia hora. Os sul-mato-grossenses do MRX n° 65 assumiriam a ponta na volta 175 quando o MRX n° 37 após uma rodada pararia na pista.
Na última hora de prova, a liderança era do Tubarão n° 5, com o protótipo n° 65 na segunda colocação, porém os gaúchos já anunciaram que não iriam até o fim da prova em um reabastecimento. Na volta n° 229, José Ribeiro assumiu a liderança.
O Tubarão saiu na caça do líder e restando 10 minutos para o fim da corrida diminuiu a diferença de 43s962 para 23s914, mas a vitória só viria com um problema dos pilotos de Campo Grande, que já detinham a melhor volta da prova (1min18s981 na 112ª volta).
Após 7h01min13s539 de corrida, o MRX n° 65 da NC Racing vence pela segunda vez as 500 Milhas de Londrina, apenas 3s010 à frente do Tubarão n° 5 pilotado por Tiel Andrade e Paulo Souza.
Nilson Cintra e José Roberto Ribeiro, pai e filho, não escondiam a emoção de vencer novamente em Londrina após as dificuldades enfrentadas na pista e nos minutos finais e a intensa disputa no cronometro. "Dessa vez foi muito difícil, valeu muito essa vitória", enalteceu Cintra.
Estreando nas 500 Milhas de Londrina, a equipe gaúcha MC Tubarão também não escondia a felicidade na conquista pelo segundo lugar. "Tentamos uma estratégia diferente, pois imaginávamos que eles também parariam mais uma vez, o que não aconteceu. Mesmo assim foi um grande resultado e estamos muito satisfeitos", comentou Tiel Andrade. "Em 2016 com certeza estaremos aqui novamente na briga pela vitória", finalizou Né Andrade, chefe da equipe vice-campeã.
A terceira colocação na categoria I ficou com um velho conhecido local, Luciano Borghesi, a bordo do protótipo Spyder n° 26 da equipe comandada por Leandro Totti, que dividiu a pilotagem com seu sobrinho Beto Borghesi e Marcio Marcondes.
Na categoria II a vitória ficou com os paulistas da Arias Motorsport e seu protótipo Spyder n° 10: Luiz Abbade e Roberto Dal Pont, seguidos por Pedro Pimenta, Odair dos Santos e Thiago Klein no Spyder n° 51 e a dupla Paulo Totaro e Pipa Cardoso.
Sergio Pistili, Valter Pinheiro e Alberto Pezzetti terminaram na terceira colocação na geral e venceram na categoria III. Os gaúchos Rui Celso Machao Filho, Jorge Alberto Machado e Sergio Cardoso venceram na categoria IV com a BMW M3 seguidos pelo Aldee da equipe Semage Racing (Admir e Diego Pardo) e a Puma-Audi de João Weiller e José Ademir de Carvalho.
A equipe Cordova Motorsport levou o Renault Clio n° 206 à vitória da categoria VI com os pilotos Gustavo Kiryla, Claudio Kiryla, Marcelo Karam e José Cordova. O mesmo quarteto levou o Fiat Linea n° 94 da equipe à segunda colocação na categoria VII que foi vencida pelo Chevrolet Celta n° 52 de Carlos Prado, Fernando Rebelato e Ronald Funari.
A próxima edição das 500 Milhas de Londrina em 2016 comemorará os 25 anos ininterruptos da prova. Uma grande festa já está sendo organizada com a presença de carros, itens e personalidades históricas da prova e da cidade.
Confira o resultado geral da 24ª edição das 500 Milhas de Londrina:
1) 65-Nilson/Jose Ribeiro/E.Padron (P1),
2) 5-P.Souza/G.Andrade (P1), a 3.010
3) 151-S.Pistili/A.Pezzetti/ V.Pinheiro (P3), a 2 voltas
4) 10-R.Dal Pont/L.Abbade (P3/2), a 17 voltas
5) 26-Beto/Luciano Borghesi/M. Marcondes (P3/1), a 21 voltas
6) 78-F.Pasquale/R.Bacher/J.Martini (P3), a 23 voltas
7) 19-Rui Filho/J.Machado (P4), a 28 voltas
8) 51-P.Pimenta / O.Santos / T.Klein (P3/2/1), a 29 voltas
9) 0-Marcelo/João Miranda (P7), a 30 voltas
10) 50-G.Garcia/J.Saravy/C.Moises (P7), a 30 voltas
11) 40-Diego/Admir Pardo (P4), a 30 voltas
12) 257-S.Botto/A.Apolonio/R.Bau/ Beto Richa (P3), a 31 voltas
13) 73-P.Totaro/Pipa/Antonio Cardoso (P3/2/1), a 34 voltas
14) 3-J.Soares Jr/R.Campos (P3), a 35 voltas
15) 28-P.Plutarcho/Mallaco (P3), a 51 voltas
16) 99-M.Bonilha/A.Jacob/M.Peixoto (P3), a 59 voltas
17) 83-L.Barcellos/Renato/Vitor David (P7), a 66 voltas
18) 37-E.Neto/S.Botto /C.Almeida/Paulo/Lor (P1), a 71 voltas
19) 38-A.Moreira/B.Junior (P3), a 77 voltas
20) 18-J.Lemos/Peter/Peter Jr (P2), a 81 voltas
21) 52-F.Rebellato/C.Prado/R.Furnari (P5), a 94 voltas
22) 25-E.Soares/N.Faustini/Tigueis (P1), a 101 voltas
23) 80-Nelson Jr/J.Bueno/A.Finardi (P1), a 104 voltas
24) 55-L.Totti/M.Marcondes (P2), a 132 voltas
25) 13-D.Plutarcho/Aldo Jr /T.Pimentel (P3), a 143 voltas
26) 206-Gustavo/Claudio Kityla/M.Karam (P6), a 162 voltas
27) 35-J. Bana/M.Tumiate (P1), a 165 voltas
28) 107-J.Weiller/J.Carvalho (P4), a 170 voltas
29) 86-V.Palma/V.Barbosa (P3), a 174 voltas
30) 75-J.Leandrini/H.Jose (P2), a 186 voltas
31) 94-Gustavo/Claudio Kityla/M.Karam /J.Cordova (P5), a 192 voltas
32) 77-C.Ortolan/J.Park/Carlos Filho (P2), a 214 voltas
Melhor volta: Nilson/Jose Ribeiro/E.Padron (65), 1:18.981 (média 138,792 km/h), 112ª volta