Em carta divulgada pelo site 'MMA Fighting', Cris Cyborg apoiou as mudanças promovida pela Comissão Atlética da Califórnia (CSAC) nas regras da pesagem. No comunicado, a paranaense contou um pouco da árdua experiência de corte de peso à qual foi submetida para lutar abaixo do peso natural e enfatizou que as alterações são medidas que preservam as vidas dos lutadores.
Confira a carta na íntegra:
"Estou aqui hoje para apoiar Andy Foster e as mudanças que vão salvar vidas colocadas em prática pela Comissão de Boxe da Califórnia (CSAC). Como vocês sabem, minha maior luta nos últimos anos não foi no ringue ou no cage, mas dentro de banheiras, saunas e em cima de esteiras.
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Enquanto alguns lutadores vêm cortando muito peso para ganhar vantagem diante do adversário, minhas duas últimas lutas foram nos 63,5 kg por razões diferentes.
Até recentemente, o UFC só tinha duas divisões para mulheres competirem. Até 52 kg e até 61 kg. Minha categoria natural é 65,7 kg não estava no UFC, e só tive a oportunidade de competir na franquia se aceitasse sacrificar meu corpo para fazer o menor peso possível usando um método chamado "corte de peso", no qual eu desidratava severamente meu corpo.
Por anos eu pedi para ter minha categoria, mas que outras fossem criadas para que os lutadores pudessem competir com segurança. Mesmo com o boxe nos ensinando que existem meninas mais pesadas que 61 kg, como as campeãs Laila Ali e Lucia Rijker. Falaram para mim que não havia garotas no meu peso para lutar.
É incrível ver a Comissão de Boxe da Califórnia apoiar os lutadores e ajudar a dar o primeiro passo para proteger os atletas deles mesmos. Com essas decisões, categorias de peso adicionais serão necessárias. O monitoramento mais intenso que está sendo feito pela Comissão Atlética da Califórnia vai garantir que os lutadores não usem mais métodos inseguros de corte de peso que colocam a sua vida em risco.
Vou lutar no dia 29 de julho, no UFC 214, e estou animada para ajudar a mostrar as novas regras e como elas fazem com que os eventos tenham mais seguranças para os lutadores. Espero poder competir com as diretrizes de hoje, e estou feliz por ver que o UFC já anunciou a adição da categoria peso-mosca para as mulheres.
Espero que as mudanças não parem por aqui. Ainda precisamos que muitas ações entrem em vigor para proteger os atletas e o esporte, mas esse já é um grande passo na direção certa".