As equipes mais fortes da Fórmula 1 fizeram valer sua posição e vetaram a utilização de motores alternativos na categoria, em reunião do Grupo de Estratégia da F1, em Paris. Os times, principalmente a Mercedes e a Ferrari, que produzem a maior parte dos motores atuais, votaram contra a proposta elaborado por Bernie Ecclestone, chefão da categoria, e Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Pela proposta da dupla, a F1 ganharia motores alternativos, mais simples e baratos, para se contrapor aos atuais motores híbridos, mais complexos e com custos bem mais elevados. A mudança agradaria às equipes menores, cada vez mais preocupados com os gastos na categoria.
Os custos foram ampliados no ano passado, quando passaram a ser adotados os motor híbridos V6 turbo 1,6 L. Estima-se, por exemplo, que a Mercedes tenha desembolsado cerca de 250 milhões de euros para desenvolver seu primeiro motor deste tipo, em 2014. Outras fornecedoras, como Ferrari, Honda e Renault, teriam seguido pelo mesmo caminho. Elas fornecem seus motores às demais equipes a um custo estimado de 20 milhões de euros.
Leia mais:
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
Moringão recebe Festival de Ginástica Rítmica de Londrina pela primeira vez
Equipe londrinense é campeã dos Jogos Abertos do Paraná em Apucarana
Em razão da reclamações dos times menores, Ecclestone e Todt sugeriram a entrada de novos motores na categoria para rivalizar com as atuais unidades de potência. O motor alternativo seria V6 biturbo de 2,5 L, com custo de 10 milhões de euros, a metade dos atuais. Mas a proposta da dupla foi vetada na reunião de Paris.
Para compensar a negativa, as equipes prometeram apresentar novas sugestões para reduzir os custos dos motores. "As fornecedoras, em conjunto com a FIA, vão apresentar uma proposta até 15 de janeiro de 2016 que vai procurar fornecer soluções", informou a FIA, em comunicado.
A nova proposta deve incluir um número mínimo de equipes que devem receber motores das fornecedoras. A sugestão foi incluída a pedido da Red Bull, que ainda não tem motor para 2016 e não consegue chegar a um acordo com nenhuma fornecedora desde que passou a criticar publicamente o rendimento do seu atual motor, da Renault.
As equipes também devem propor sugestões para aumentar o barulho dos motores. "Todas as partes concordaram que tal desenvolvimento terá como objetivo a temporada 2017 ou 2018", disse a FIA, oficialmente.