O estado de saúde de Michael Schumacher não sofreu alterações nesta quarta-feira, 1, e isso, no caso dele, pode ser considerado um bom sinal. Mesmo assim, as pessoas que cercam o heptacampeão mundial preferem manter a cautela ao falar de sua condição.
A empresária de Schumacher, Sabine Kehm, indicou que ele está em uma situação "estável, mas ainda crítica". "Isso é algo positivo, mas nada garante que a situação seja mantida nas próximas horas. Michael passou a noite em uma situação estável e hoje (nesta quarta) pela manhã essa também foi sua condição", revelou Sabine.
O alemão sofreu um acidente de esqui no domingo, nos Alpes franceses. Após ser transferido para um hospital de Grenoble, foi submetido a duas cirurgias para a retirada de hematomas na cabeça. Schumacher completará hoje 45 anos e a ideia da família era comemorar a data em Méribel (local onde fica a estação de esqui em que o alemão se acidentou), mas a queda mudou os planos, evidentemente.
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"Ele continua em coma induzido e sua situação continua crítica. Por isso, apesar da boa notícia, não vamos fazer prognósticos. Ele continua em uma sala de reanimação e ninguém pode dizer o que ocorrerá", relatou a empresária de Schumacher. "Por enquanto, a boa notícia é que não há mudanças significativas, mas é muito cedo para dizer o que vai ocorrer. Tudo pode mudar rapidamente", completou ela. "Hoje, estável é bom", declarou Gary Hartstein, ex-médico da Fórmula 1.
PREOCUPAÇÃO
Longe do hospital de Grenoble e da imprensa, para não dar a impressão de falta de sensibilidade, empresas ligadas ao ex-campeão começam a fazer suas contas. "Os patrocinadores estão preocupados", admitiu Sabine. O alemão chegou a ser o segundo esportista mais bem pago do mundo e tem a fortuna avaliada em R$ 2 bilhões. Em 2012, seu rendimento anual foi de 30 milhões (R$ 97,5 milhões). Um terço saiu de patrocinadores. Mesmo aposentado, ele garantiu um contrato de 21 milhões (R$ 68 milhões) pelos próximos sete anos apenas para aparecer em público usando um boné com o nome da empresa de investimentos Deutsche Vermogensberatung.
Enquanto os patrocinadores tentam descobrir o que ocorre, o estafe de Schumacher, a direção da estação de Méribel e a Justiça começam uma troca de farpas e fazem declarações para se resguardar juridicamente.
Os responsáveis pela estação insistem em sair em defesa de suas estruturas e apontar que a responsabilidade pelo acidente foi do alemão, já que ele estaria fora das pistas de esqui (off-piste). Mas, em sua página na internet, a estação, uma das mais caras do mundo, anuncia claramente que possui justamente uma ampla zona para o esqui off-piste como forma de promover o local para os mais aventureiros. A empresária do ex-piloto, por sua vez, insiste que ele não estava praticando esqui off-piste. A Justiça já recuperou o capacete de Schumacher para aprofundar a investigação.