Maior nome do futsal em todos os tempos, Falcão se despediu oficialmente da seleção brasileira neste domingo. O craque de 38 anos foi o dono da festa no amistoso realizado na Barra da Tijuca, no Rio, e não decepcionou, ao marcar um dos gols da vitória por 3 a 2 sobre a Colômbia.
Com mais de 20 anos de carreira, Falcão se tornou o melhor jogador da modalidade em todos os tempos com seus lances de incrível habilidade, dribles desconcertantes e muitos gols. Foram 385 nas 242 partidas disputadas com a camisa do País, incluindo o deste domingo, em chute forte de longe.
Próximo de abandonar o futsal profissional, o jogador do Magnus Futsal, de Sorocaba, avisou que a convocação do técnico PC de Oliveira para o confronto diante da Colômbia seria a última que aceitaria. Mas ele ainda deseja realizar um jogo festivo no segundo semestre, em São Paulo, para vestir a camisa da seleção uma última vez.
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"Espero que minha história tenha acontecido da melhor forma possível. Tentei, lutei, errei também, como todos, mas espero que tenha sido positivo. Espero que o legado tenha sido o melhor, porque fico feliz de ter alegrado gerações, colocado as pessoas para ver o futsal. Vivi tudo isso. Tenho certeza que durante todos estes jogos, tentei fazer o melhor também pela torcida", disse, emocionado, à TV Globo após a partida.
Durante as quase duas décadas em que atuou pela seleção, Falcão conquistou diversos títulos de expressão, com destaque para as Copas do Mundo de 2008, em casa, e 2012, na Tailândia. Na campanha da terceira colocação em 2004, em Taiwan, e em 2008, ainda foi eleito o melhor jogador da competição. A caminhada com a camisa do Brasil foi fundamental para que ele fosse eleito quatro vezes o melhor do mundo na modalidade: 2004, 2006, 2011 e 2012.
"Fui importante para o futsal, e o futsal para mim. Sei da minha importância, vivi uma grande geração. Minha grande diferença foi trazer a alegria de jogar uma pelada para o lado profissional", considerou.
Neste domingo, foi justamente ele o responsável por abrir o placar. Depois de começar no banco, o craque entrou em quadra com cinco minutos de jogo. E logo no primeiro toque na bola, aproveitou cobrança de escanteio para encher o pé e vencer o goleiro adversário.
Alex marcou o segundo, a Colômbia diminuiu, e Leandro Lino fez o terceiro para o Brasil ainda no primeiro tempo, recebendo passe justamente de Falcão. Na etapa final, os colombianos ainda marcaram mais um gol e assustaram, mas os olhos estavam todos voltados para o craque brasileiro.
A 10 minutos para o fim, ele tentou um malabarismo, em toque de calcanhar, que passou rente à trave. Em outras duas oportunidades, parou no goleiro adversário. Com pouco mais de um minuto no cronômetro, parou diante do marcador, no mano a mano, e lá ficou como em tantas oportunidades, arrancando aplausos da torcida.
Após o apito final, recebeu homenagens dos torcedores e dos outros jogadores, brasileiros e colombianos. "Vir para a quadra sabendo que está acabando é muito difícil. É difícil porque passei metade da minha vida passando pela mesma coisa, vivendo a mesma pressão. Mas sei que vida de jogador tem prazo de validade, então, um dia ia acabar", finalizou.