Quase um ano após a morte de Jules Bianchi, a família do ex-piloto entrou com uma ação na Justiça por causa do ocorrido. De acordo com o escritório de advocacia Stewarts Law, o processo foi movido contra o órgão que organiza a Fórmula 1, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Marussia, equipe do francês na época do acidente fatal.
Bianchi morreu no dia 17 de julho de 2015, vítima dos ferimentos de um acidente automobilístico ocorrido nove meses antes. No GP do Japão de Fórmula 1, em um dia bastante chuvoso e nublado em outubro de 2014, o piloto da Marussia escapou da pista em Suzuka e acertou em cheio um trator que estava do lado de fora, recolhendo uma Sauber que havia abandonado a prova momentos antes.
O forte impacto na colisão com o trator causou lesões cerebrais irreversíveis, que levaram ao falecimento de Bianchi. Por conta das condições climáticas, do posicionamento do trator no momento do acidente e do programa de segurança adotado na época, a família do piloto decidiu entrar com a ação judicial.
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"A morte de Jules Bianchi era evitável. O relatório de inquérito da FIA sobre o acidente fez numerosas recomendações para melhorar a segurança na Fórmula 1, mas falhou em identificar onde estes erros foram cometidos, o que levou à morte do Jules", explicou a Stewarts Law, que representa a família do ex-piloto no caso.
A morte de Bianchi foi a primeira na Fórmula 1 causada por um acidente desde que Ayrton Senna morreu em 1994. A família do ex-piloto francês também fez questão de se manifestar e explicar os motivos que a levaram a mover a ação.
"Nós buscamos justiça para Jules, queremos estabelecer a verdade sobre as decisões que resultaram na batida do nosso filho no GP do Japão de 2014. Como família, temos muitas questões não respondidas e sentimos que o acidente e a morte do Jules poderiam ter sido evitados se uma série de erros não tivessem acontecido", considerou o pai de Bianchi, Philippe.