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Ótimo desempenho

Ginástica artística masculina empolga e vai a final em sua primeira participação

Redação bonde com COB
06 ago 2016 às 22:49

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- Jonne Roriz/Exemplus/COB
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O choro de Diego Hypolito ao final de sua apresentação de solo emocionou o público presente na Arena Olímpica do Rio, neste sábado (6). Os torcedores não só tiveram a oportunidade de acompanhar pela primeira vez a seleção brasileira masculina nos Jogos como ainda saíram com a certeza que a equipe não está no Rio 2016 só para fazer presença. Tanto é que o quinteto está classificado para a final após terminar a fase classificatória em sexto lugar, com 268.078 pontos.

Além disso, os cinco ginastas garantiram em finais individuais. Sérgio Sasaki e Arthur Nory estão entre os finalistas no individual geral, com Sasaki em oitavo lugar e Nory, em décimo primeiro - os 24 primeiros entram. Por aparelhos, classificam-se os oito melhores, e Arthur Zanetti vai disputar a medalha nas argolas, aparelho no qual ficou em quinto; Francisco Barretto, quinto na barra fixa; e Diego e Nory foram quarto e nono no solo – embora apenas os oito primeiros se classifiquem, apenas dois atletas por equipe podem participar da final; como o Japão teve três, abriu uma vaga para Nory. Um resultado sem precedentes na história da ginástica masculina brasileira.

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Bicampeão mundial de solo em 2005 e 2007, Diego busca sua primeira medalha olímpica, após frustrações em Pequim 2008 e Londres 2012. Há um mês, ele nem acreditava que pudesse estar nos Jogos. Logo, começar com uma atuação tão forte, com 15.500 pontos, o fez botar toda a sua emoção para fora.

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"O choro veio porque foram 12 anos de trabalho. No início da minha carreira, ganhei mundiais e tudo quanto é etapa de Copa do Mundo. Então, quando caí em Pequim, tive que me reerguer como pessoa. Em Londres, caí novamente, e de cara. É muito difícil você enfrentar duas quedas olímpicas. É muito difícil você se propor a dar a cara a tapa mais uma vez", disse o ginasta, que não poupou elogios ao treinador Marcos Goto e ao companheiro de equipe Arthur Zanetti: "na sexta, o Bernardinho conversou comigo a pedido do Goto, e isso fez toda a diferença. Ele é um campeão, como o Goto e o Zanetti. Quando subi hoje no tablado, sabia que muitas pessoas acreditavam em mim e que eu precisava acreditar também. Porque o trabalho de 12 anos se resume a isso, a 70 segundos de prova. Tentei simplesmente fazer o que faço nos treinos e minha alma ficou lavada".

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O atual campeão olímpico nas argolas, Arthur Zanetti, entregou uma apresentação sólida e levantou a torcida. No entanto, com 15.533 pontos, ficou apenas em quinto. Mas na final tudo pode mudar: "sempre uso a estratégia de diminuir um pouco a nota de partida na rodada de classificação. Na final, vou fazer a série oficial, com nota de partida mais alta, e acertar um pouco detalhes de balanço e posicionamento de corpo".


O mais regular da seleção no conjunto de aparelhos, Sérgio Sasaki preferiu destacar a presença da equipe na disputa de medalhas: "sabemos do nosso potencial e, se competirmos como na classificatória, podemos levar perigo a qualquer seleção".

A final por equipes acontece na tarde de 8 de agosto. No dia 10, é a vez do individual geral. Já as finais por aparelhos ocorrem em 14, 15 e 16 de agosto, com solo e cavalo com alça no primeiro dia, argolas e salto no segundo e barra fixa e barras paralelas no último.


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