Um grupo de hackers invadiu o site da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) e acusou a entidade de esconder casos de doping de atletas norte-americanos - entre eles, da ginasta Simone Biles e das irmãs tenistas Serena e Venus Williams.
O ataque realizado nesta terça-feira (13) foi assumido pelo grupo "Fancy Bear's, que se autointitula como uma equipe que "luta pelo fair play e pelo esporte limpo" de doping.
Os hackers publicaram uma série de documentos confidenciais dos atletas dos EUA dizendo que os esportistas consumiram substâncias proibidas, mas que apresentavam receitas médicas que indicavam "uso terapêutico" dos compostos. Com isso, a Wada abria uma "exceção" para a utilização do doping.
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Segundo os dados, Biles - que conquistou quatro ouros nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - teria usado anfetaminas com prescrição médica. A tenista Venus Williams teria utilizado a triancinolona e a prednisolona (ambas anti-inflamatórios).
Já Serena Williams teria ingerido oxicodona e hidromorfona, usados para tratamento de dores, além de prednisona e prednisolona (substâncias que aumentam a capacidade de energia) e de metilprednisolona (que também é usado em tratamentos inflamatórios).
A questão dos certificados é considerada "controversa" por especialistas, já que alguns dos documentos apresentados mostram que a Wada negou o pedido. Mas, certamente, a agência terá que explicar a situação. Há ainda a suspeita de que russos estejam por trás da ação, já que a Wada emitiu um relatório acusando a Rússia de ter um "doping sistêmico e de Estado" com seus atletas.