Medalhistas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, Esquiva e Yamagushi Falcão decidiram se profissionalizar e, por isso, não podem mais continuar lutando entre os amadores. A família Florentino Falcão, entretanto, segue no alto do pódio no boxe amador do País. No fim de semana, Estivan Florentino, de apenas 19 anos, sagrou-se campeão brasileiro entre os meio-médios-ligeiros, categoria para atletas de até 64 quilos.
Estivan treina na Coliseu Boxe Center, de Guarulhos (SP), mas como o Campeonato Brasileiro é interestadual e cada Federação Estadual é representada por apenas um boxeador por categoria, ele competiu por Minas Gerais. Este ano, o garoto já havia vencido o Luvas de Ouro, importante torneio amador realizado em Santos (SP), e ficado com o bronze no Campeonato Paulista.
Ser campeão nacional não significa que Estivan é o melhor do País entre os meio-médios-ligeiros, longe disso. Esse posto pertence a Robson Conceição, medalhista de bronze no Mundial deste ano e principal pugilista amador brasileiro da atualidade.
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Os atletas que fazem parte da seleção permanente da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) não participam de competições nacionais, enquanto quem está fora da seleção não é convocado para lutar internacionalmente, mesmo quando os da seleção estão impossibilitados - no Pré-Pan, por exemplo, Rosbon não podia lutar e ninguém foi chamado ao seu lugar. Ou seja: os escolhidos pelos técnicos da seleção não são "destronados" por aqueles que tentam chegar à equipe.
Na categoria mosca-ligeiro (até 49kg), por exemplo, Paulo Carvalho venceu todas as três edições do Campeonato Brasileiro realizadas neste ciclo olímpico, mas o único atleta a disputar competições internacionais e ter qualquer chance de se classificar para os Jogos Olímpicos do Rio é Patrick Lourenço.
Das 10 categorias do boxe olímpico, em seis o título brasileiro de 2015 ficou com atletas da federação baiana. Em Londres-2012, vale lembrar, a medalhista olímpica Adriana Araújo, baiana, entrou em conflito com Mauro Silva, presidente de CBBoxe, reclamando de não poder treinar com Luiz Dórea, seu técnico, em Salvador. Adriana e Mauro fizeram as pazes após o governo interceder, mas nenhum novo atleta baiano além dos que já estavam na seleção foi convocado depois disso.