Uma das grandes lendas da história do boxe, o filipino Manny Pacquiao foi proclamado senador de seu país nesta quinta-feira. Ele foi o sétimo mais votado nas eleições, sendo a opção de mais de 16 milhões das 44 milhões de pessoas que foram às urnas, e ficou com uma das 12 vagas no Senado local.
A eleição deve encerrar de vez a carreira de Pacquiao no boxe. O filipino já havia sinalizado que deixaria o esporte para se dedicar à carreira política, mas após bater Timothy Bradley e recuperar o cinturão dos meio-médios da Organização Mundial de Boxe (OMB) no mês passado, chegou a deixar no ar a possibilidade de seguir lutando.
O Senado é tradicionalmente um trampolim para quem quer tentar chegar à presidência nas Filipinas. Perguntado pela agência The Associated Press se teria a intenção de ser alçado ao cargo algum dia, Pacquiao sorriu e só respondeu: "Nada, nada, nada".
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Ao ser confirmado como um dos vencedores da eleição ao Senado, Pacquiao foi classificado pelo comissário que realizou o anúncio como "campeão do povo". Durante a candidatura, ele foi apoiado por Rodrigo Duterte, proclamado presidente também nesta quinta.
Pacquiao, aliás, já anunciou que apoiará Duterte na tentativa de restabelecer a pena de morte no país, revogada em 2006. Trata-se de mais uma posição polêmica do novo senador, que já se manifestou fortemente contra o casamento de pessoas do mesmo sexo e chegou a dizer que este tipo de relação "nos torna piores do que os animais".
Filho de uma família pobre da zona rural das Filipinas, Pacquiao começou a lutar aos 12 anos e se sagrou campeão em oito divisões do boxe. Tem um impressionante cartel de 58 vitórias, seis derrotas e dois empates como profissional e é atualmente o dono do cinturão dos meio-médios da OMB. Como político, entrou no congresso do país em 2010 como representante da região de Sarangani.