Ao bater Roger Federer por 3 sets a 0 na semifinal do Aberto da Austrália, nesta sexta-feira, Rafael Nadal se credenciou para buscar o seu segundo título do importante torneio e o 14º de um Grand Slam. Campeão em Melbourne em 2009 e vice em 2012, o tenista espanhol festejou o fato de ter conseguido retornar à decisão após ficar impedido de jogar a edição passada da competição por causa da lesão no joelho que o deixou sete meses afastado das quadras.
"É realmente emocionante voltar a esta quadra, poder jogar outra final. Essa noite (no horário australiano) provavelmente joguei a minha melhor partida no torneio", ressaltou Nadal, para depois completar: "No passado vivi momentos muito emocionantes na Rod Laver Arena, e tive momentos muito emocionantes neste ano, especialmente porque este é o Grand Slam em que mais tive problemas na minha carreira".
Por causa de lesão, Nadal também não pôde jogar o Aberto da Austrália de 2006 e por duas vezes, em 2010 e 2011, foi eliminado nas quartas de final. "Por muitos anos não tive a oportunidades de jogar em condições perfeitas este torneio que realmente me encanta. Por isso é muito especial ter a oportunidade de voltar à final", destacou.
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Na decisão deste domingo, Nadal irá encarar um velho freguês: o suíço Stanislas Wawrinka, derrotado nos 12 jogos que travou até hoje com o espanhol. O retrospecto 100% positivo, porém, não faz o líder do ranking mundial acreditar que poderá ter vida fácil diante do rival, que eliminou ninguém menos do que o atual tricampeão Novak Djokovic em sua campanha.
"Wawrinka é um jogador que te exige ao máximo, e sou consciente de que é um jogador diferente do que enfrentei até hoje", disse Nadal, admitindo que nas últimas duas vitórias sobre o suíço teve "sorte" para derrotar o adversário em sets diretos. Curiosamente, o atual oitavo colocado da ATP nunca ganhou sequer um set do espanhol. "Em Londres (no ATP Finals de 2013), o jogo foi muito igual. Esse retrospecto não é significativo", enfatizou. "Terei um rival de categoria máxima que está jogando melhor do que nunca. Vi ele jogar contra Novak e contra (Tomas) Berdych, que são dois jogadores de altíssimo nível", lembrou.