O espanhol Rafael Nadal fez história nesta segunda-feira ao vencer o sérvio Novak Djokovic por 3 sets a 1, com parciais de 6/4, 6/3, 2/6 e 7/5, nesta segunda-feira, em Paris, e conquistar o heptacampeonato de Roland Garros. Com a vitória no duelo que foi iniciado no domingo e acabou sendo paralisado por duas vezes por causa da chuva no dia anterior, o tenista número 2 do mundo se tornou o maior vencedor da história do Grand Slam francês. Até esta segunda, ele dividia a condição de maior campeão do mais importante torneio realizado em quadras de saibro com o sueco Bjorn Borg, dono de seis títulos na capital francesa.
Esse foi o 11.º título de Grand Slam conquistado por Nadal, que chegou à final desta edição do torneio sem perder nenhum set, arrasando todos os seus adversários, entre eles o seu compatriota David Ferrer na semifinal. Na ocasião, em jogo na última sexta-feira, perdeu apenas cinco games no triunfo que terminou com parciais de 6/2, 6/2 e 6/1.
Nadal também acumulou o incrível retrospecto de 52 vitórias em 53 partidas nas suas oito participações em Roland Garros, sendo que ele só foi derrotado na competição em 2009, quando acabou surpreendido pelo sueco Robin Soderling nas oitavas de final. Com esse novo título, ele também se igualou a Borg em números de troféus de Grand Slam, pois o sueco também ganhou 11 ao total.
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Ao bater o líder do ranking mundial, Nadal agora passa a ostentar uma vantagem de 19 vitórias e 14 derrotas no retrospecto do duelo com Djokovic, sendo que esse foi o terceiro triunfo seguido sobre o sérvio, superado também neste ano pelo espanhol nas finais dos Masters 1.000 de Montecarlo e Roma, ambas no piso de saibro como o de Roland Garros.
Antes disso, no início da temporada, o sérvio levou a melhor sobre o rival em uma épica decisão do Aberto da Austrália, que terminou com triunfo por 3 sets a 2, após 5 horas e 53 minutos de jogo, um recorde em uma final de Grand Slam. Djokovic, por sua vez, fracassou na tentativa de conquistar pela primeira vez Roland Garros e obter o seu quarto título seguido de Grand Slam, após ter sido campeão de Wimbledon e do US Open no ano passado e aberto essa temporada com o troféu em Melbourne.
O JOGO
O duelo reiniciado nesta segunda-feira foi interrompido pela última vez no quarto set, quando Djokovic liderava por 2 a 1 e tinha uma quebra de saque de vantagem. O líder do ranking mundial vinha reagindo bem após ter sido derrotado nos dois primeiros sets e vencido a terceira parcial por 6/2.
A primeira interrupção por causa da chuva ocorreu no final do segundo set, mas a paralisação durou pouco minutos. Essa foi, por sinal, a primeira vez desde 1973 que a decisão de Roland Garros não foi encerrada no domingo.
No primeiro set do jogo, Nadal aproveitou três de oito chances de quebrar o saque de Djokovic, que converteu os dois break points cedidos pelo espanhol. Desta forma, o espanhol obteve a vantagem mínima de 6/4. Em seguida, na segunda parcial, o vice-líder da ATP foi feliz em três de cinco oportunidades de ganhar games no serviço do sérvio, que conseguiu apenas uma quebra em duas chances e acabou derrotado por 6/3.
Já no terceiro set, quando parecia que Nadal liquidaria em 3 a 0, Djokovic voltou com tudo para a quadra e, com três quebras de saque em cinco possíveis, fez 6/2 em Nadal, que só converteu um de dois break points.
E Djokovic já conseguiu uma quebra no início do quarto set e passou a liderar em 2 a 1. Porém, quando sacava para fazer 3 a 1 no último domingo, a chuva paralisou o confronto pela segunda vez e o mesmo só pôde ser reiniciado nesta segunda. A longa pausa acabou sendo benéfica ao espanhol, que logo no recomeço do confronto obteve uma quebra de saque e empatou em 2 a 2.
A partir daí, os dois tenistas confirmaram os seus saques até o espanhol fazer 6 a 5. E, quando sacava para tentar levar a disputa do set ao tie-break, Djokovic sucumbiu à pressão e acabou "entregando" o título ao adversário ao cometer uma dupla falta, enquanto o espanhol já se preparava para devolver o serviço e converter o break point. O erro do sérvio fez Nadal desabar na quadra para festejar o seu feito histórico, que o colocou no mais alto patamar dos campeões de Roland Garros.