O pivô Nenê Hilário espera se sentir em casa nesta terça-feira, na estreia do Brasil no Torneio Intercontinental de São Carlos, quando a seleção masculina enfrenta a Nova Zelândia, às 21h. A competição, que tem ainda Grécia e Nigéria, será disputada na cidade do interior onde o atleta da NBA cresceu e jogou pela última vez quando ainda era adolescente. O Brasil, já classificado para Londres, vai enfrentar seleções que estão se preparando para a disputa do Pré-Olímpico mundial masculino de basquete, que ocorrerá na Venezuela de 2 a 8 de julho e distribuirá as últimas três vagas para a Olimpíada.
O jogador saiu cedo de casa para praticar o esporte. Atuou pelo Vasco Barueri, Vasco da Gama e então se transferiu para os Estados Unidos, para atuar na NBA, em 2002. "Eu fico feliz porque a última vez que eu joguei em São Carlos foi quando eu tinha 14 anos e muita gente não me viu jogando. Também tem aqueles que viram e têm saudade. Agora, indo a seleção de basquete para a cidade, é muito bom para o povo. E sabe como é interior. São Carlos, Araraquara, Rio Claro, e a região inteira, todo mundo vai estar presente. São Carlos vai ficar pequena", diz, animado.
Ele também é uma novidade na seleção justamente por ter se recusado a vestir a camisa da equipe em algumas oportunidades e, em outras, tinha algum impedimento que fazia com que não pudesse atuar. Mas ganhou a chance do técnico Rubén Magnano e agora quer aproveitá-la neste torneio preparatório para os Jogos Olímpicos de Londres. O fato de as partidas serem disputadas no Ginásio Milton Olaio Filho também é uma forma de agradar ao pivô. "Para mim foi uma surpresa essa escolha. Muita gente esquece que São Carlos tem tradição no basquete, até antes de Franca, e esse momento se perdeu. Agora está sendo resgatado um pouquinho, com esses jogos de exibição, ainda mais com a seleção brasileira".
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Apesar do entusiasmo de Nenê, o técnico Magnano já avisou que qualquer resultado que a seleção conquistar neste quadrangular não serve de parâmetro para os Jogos de Londres. "Temos de ter em mente que o mais importante é a preparação, seja ela em treinamentos ou jogos. O resultado, em si, dos jogos não é o mais importante", explica o comandante do time brasileiro. O foco do argentino é garantir que o Brasil chegue voando na Olimpíada. "No dia 29 de julho, sim, temos de chegar 100% e passar a nos preocupar somente em vencer. Jogar algumas partidas no País será importante para sentirmos o calor do torcedor e pegar boas vibrações para a sequência de preparação."
Além da Nova Zelândia, o Brasil enfrenta quarta-feira, às 21h30, e depois fecha o quadrangular diante da Grécia, na quinta-feira.