Pedro Vieira Junior, policial militar da cidade de Maringá, conquistou o vice-campeonato brasileiro de Parataekwondo, disputado em São Paulo no sábado (7) e domingo (8) passados. O torneio contou com atletas que competiram o ParaPan de Lima, que ocorreu entre os dias 23 de agosto e 1º de setembro. Mesmo diante de adversários difíceis, Vieira teve um ótimo desempenho e conseguiu o vice-campeonato, perdendo apenas para Bruno da Mata, atleta da seleção brasileira.
Junior tem 30 anos e sofreu um acidente em 2013 voltando de seu expediente como policial, fazendo com que o atleta perdesse os movimentos do braço direito. O PM já tinha levava vida esportiva, jogando futebol e praticando jiu-jítsu. Após o ocorrido, ele se reencontrou no taekwondo, iniciando sua jornada no esporte em janeiro de 2019, participando de torneios estaduais e, agora, no campeonato brasileiro. Com o desempenho, o lutador falou sobre atingir uma colocação acima das expectativas.
"A competição foi além das minhas expectativas. Fiquei contente com o resultado. Perdi a final para um atleta da seleção brasileira, na minha categoria. Ainda me falta experiência, preciso melhorar muito, pois é uma competição de alto rendimento. Mesmo com a limitação física, eu trabalho, eu corro e apenas tenho o problema no braço, fora isso, chuto normalmente. A modalidade paraolímpica utiliza o potencial do atleta", relatou.
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Pedro foi um dos destaques da competição pelo estado do Paraná, que ficou em segundo lugar no quadro geral de medalhas do torneio, com oito medalhas. O parataekwondo do estado participou pela primeira vez do campeonato, o que foi destacado pelo presidente da Federação Paranaense de Taekwondo.
"O Paraná teve um resultado expressivo no Brasileiro de Parataekwondo. Tanto é que no ano passado não participamos da competição. Esta foi a segunda edição e conseguimos levar onze atletas. Perdemos apenas para São Paulo que tem a metade da Seleção Brasileira. Então acredito que foi um resultado muito bom. Mas muito além dos resultados, foi um campeonato no qual a gente percebe como é gratificante trabalhar com os atletas especiais", ressaltou.
(*Sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg)