"Tivemos um momento emocional terrível no terceiro quarto da partida e não conseguimos mais entrar no jogo". A frase acima foi dita pelo técnico Rubén Magnano logo após a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Basquete na quarta-feira, contra a Sérvia. A constatação do argentino mostra que o aspecto psicológico influenciou a equipe na partida. E contrasta com a opinião do próprio comandante antes do Mundial.
No início de agosto, Magnano revelou não ser adepto ao trabalho de um psicólogo na Seleção. Na época, o LANCE! mostrou em reportagem que o Comitê Olímpico do Brasil (COB) e algumas confederações estavam preocupadas com o aspecto psicológico dos atletas durante a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro. No atletismo, handebol e judô, entre outros, já existe um trabalho com psicólogos especialistas na área esportiva. O sinal de alerta tinha sido ligado por conta da Copa do Mundo de futebol.
"Nunca trabalhei com psicólogo. Eu não digo que jamais irei, mas te digo, agora, que nunca trabalhei. Se precisar, ou achar que é importante para a equipe, vamos trazer um. Trata-se de transformar isso (a pressão) em uma coisa positiva. Como? Trabalhando duro, treinando duro e, sobretudo, ganhando", afirmou Magnano na época.
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Contra a Sérvia, a Seleção Brasileira de basquete parece não ter segurado a pressão de ter de inverter um placar adverso. E em vários momentos da Copa do Mundo, a equipe se desestabilizou em alguns momentos dos jogos. Mas ao contrário das quartas de final, se recuperou.
"Conseguimos jogar de igual para igual o primeiro tempo, mas nos perdemos após um lance no início do terceiro período e da marcação de duas faltas técnicas. A partir daí a equipe se desestruturou", falou o ala Marquinhos.
Parte da delegação desembarcou ontem de manhã em São Paulo, como os jogadores Leandrinho e Raulzinho. Marcelinho Huertas seguiu para Barcelona, e Tiago Splitter e Nenê foram para os Estados Unidos. Magnano é esperado hoje na capital paulista.