Fernando Alonso mostrou confiança em seu retorno à McLaren nesta quinta-feira. Anunciado oficialmente pela equipe britânica, o piloto espanhol chegou falando em título e disse que pretende "terminar o trabalho que começou em 2007". Naquele ano, ele ficou em terceiro lugar no Mundial de Pilotos da Fórmula 1, mas empatado em pontos com Lewis Hamilton e apenas um atrás do campeão Kimi Raikkonen.
"Acredito que na McLaren poderei conseguir meu terceiro título", afirmou o bicampeão, que deixou a Ferrari após bater na trave na busca pelo novo troféu nos últimos cinco anos. "Antes de assinar o contrato, visitei as fábricas do Reino Unido e do Japão [sede da parceira Honda] e fiquei assombrado. Estou feliz por poder fazer parte deste grupo e espero obter os resultados o mais rápido possível."
Apesar da confiança, Alonso tentou ser cauteloso para evitar maiores expectativas por parte dos fãs. "Temos que ir passo a passo. É difícil dizer quando poderemos ser competitivos de novo. Mas é certo que daremos 100%. Já temos prova de que estamos no caminho correto."
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O espanhol está voltando à McLaren depois de uma passagem frustrante e tumultuada pela equipe em 2007. Naquele ano, ele formou dupla com o então estreante Lewis Hamilton. Os dois protagonizaram renhido duelo dentro da equipe que culminou em denúncia de espionagem, punida com multa de US$ 100 milhões e desclassificação da McLaren no Mundial de Construtores.
A disputa interna também sabotou os resultados no Mundial de Pilotos. Ao dividirem a pontuação da McLaren, Alonso e Hamilton terminaram o campeonato com 109 pontos cada. Raikkonen levou o troféu com 110. Naquela temporada, o espanhol tentava faturar o tricampeonato, vindo da Renault, onde fora bicampeonato nos anos anteriores.
"Quando cheguei na McLaren, em 2007, tinha o carro número 1, por causa [do título] da Renault. Agora quero conseguir o título por esta equipe. Este é o meu objetivo principal", afirmou Alonso, que contará com apoio irrestrito de Ron Dennis. "Fernando mostrará na McLaren-Honda que é um vencedor absoluto e que pode alcançar o objetivo comum que todos temos aqui, que é ganhar", declarou o dirigente.
Com estas declarações, o presidente da McLaren e o piloto espanhol deixam para trás os atritos do passado, gerados por conta da passagem turbulenta de Alonso pela McLaren. Na época, o contrato do piloto foi rescindido por "decisão mútua". Mas Dennis não escondia a irritação com Alonso, por seu envolvimento no escândalo de espionagem.