A Jamaica descreveu como "construtiva" a visita de inspetores de WADA (Agência Mundial Antidoping) ao país, como resposta à recente polêmica de falta de controle antidoping por parte da nação caribenha que produz os melhores velocistas da atualidade. A visita, que começou na terça-feira, chegou ao fim nesta quarta.
Três oficiais de WADA chegaram a Kingston para inspecionar o Comitê Jamaicano Antidoping (JADCO, na sigla em inglês) depois que um antigo dirigente da entidade revelou que praticamente não foram feitos testes surpresa nos seis meses que antecederam os Jogos Olímpicos de Londres/2012.
Natalie Neita-Headley, responsável pelo ministério jamaicano que cuida da área esportiva, afirmou nesta quarta que o governo local está "comprometido com a integridade do esporte" e que aguarda um relatório detalhado da visita que a Wada fez ao país. Ela também disse que o orçamento do JADCO está sendo aumentado em 14% e que um novo diretor foi nomeado.
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Recentemente, atletas de renome do atletismo jamaicano foram pegos em exames antidoping realizados durante competições. A velocista Veronica Campbell-Brown ficou suspensa por quase cinco meses, mas um painel formado pela Federação Jamaicana de Atletismo decidiu por apenas advertir a atleta, campeã dos 200m no Mundial de 2011.
Veronica foi a primeira atleta de projeção da jamaicana a falhar em um exame de doping este ano. Algumas semanas depois, os velocistas Asafa Powell e Sherone Simpson também tiveram resultados positivos divulgados e perderam o Mundial de Moscou. Os dois atletas devem ser julgados em janeiro.
Depois que começaram a aparecer denúncias sobre o trabalho da JADCO, que resultaram até na ameaça de excluir a Jamaica dos Jogos do Rio/2016, o país caribenho convidou a Wada para uma inspeção. Mas afirmou que ela só poderia acontecer em 2014. A entidade não gostou da oferta e decidiu chegar de surpresa a Kingston.