A Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) garantiu nesta quinta-feira que Yelena Isinbayeva vai deixar o comando do principal órgão antidoping da Rússia. Grande crítica da ex-atleta, a entidade afirmou que ela sairá do cargo até o fim deste mês.
O dirigente da Wada Rob Koehler entregou nesta quinta à entidade um relatório sobre o escândalo de doping na Rússia. Segundo ele, a agência russa precisará encontrar um líder independente para o lugar de Isinbayeva se quiser atender a um dos itens exigidos para a reforma do órgão.
Koehler não citou nominalmente Isinbayeva em seu relatório, mas quando pressionado por outro dirigente da Wada, Dick Pound, sobre "a pessoa de quem todo mundo tem reclamado", ele respondeu: "Para ser bem claro, até o dia 31 de maio, esta pessoa terá saído".
Leia mais:
Londrina Bristlebacks busca título Brasileiro no futebol americano
Time de vôlei dos EUA sofre boicote e atrai polêmica sobre participação de transgêneros em esportes
Corrida Pedestre reúne mais de 400 participantes em Alvorada do Sul
Hortência diz que não trabalhará no COB e pede mudança profunda no basquete
Isinbayeva havia sido apontada como diretora da Agência Russa Antidoping (Rusada) em dezembro e foi reeleita em março. A decisão desagradou a Wada, uma vez que a ex-atleta criticou a entidade publicamente diversas vezes e a acusou de perseguição ao esporte russo.
Duas vezes medalhista de ouro olímpica e multicampeã no salto com vara, Isinbayeva não pôde competir nos Jogos do Rio, no ano passado, graças à exclusão do atletismo russo do evento por causa de um escândalo sistemático de doping no país. Na ocasião, a saltadora chamou a decisão de "violação dos direitos humanos".
Isinbayeva, aliás, classificou a investigação do doping no esporte russo como "complô" e cobrou que os supostos denunciantes do esquema fossem banidos do esporte. Ao ser reeleita, ela prometeu "defender nossos atletas" em casos similares, mas, em compensação, garantiu que vai seguiria o programa de reformas liderado pela Wada.