A pimenta é um ingrediente bastante comum na culinária brasileira e diversos tipos contém poucas calorias. Ela possui um ardor que vem dos capsaicinóides (substâncias que não tem ardor ou sabor, mas agem nas células nervosas da boca causando a sensação de ardência), principalmente concentrados nas nervuras brancas e nas sementes.
As pimentas são mais nutritivas que os pimentões e aquelas do tipo vermelho geralmente possuem maior valor nutricional que as verdes. Constituem, também, boa fonte de antioxidantes: em 1 colher de sopa de pimenta são encontradas vitaminas A (cerca de 70% da recomendação), C (mais que 100%) e E, além do ácido fólico e dos minerais zinco e selênio. As pimentas contém bioflavonóides, pigmentos vegetais que parecem prevenir o câncer, e a capsaicina, que pode atuar como anticoagulante.
Elas já são classificadas como alimento funcional, o que significa que, além de seus nutrientes, possuem componentes que promovem e preservam a saúde. Podem prevenir coágulos sanguíneos que causam ataque cardíaco e derrame cerebral. Podem auxiliar no emagrecimento, melhorar o ânimo em pessoas deprimidas, atenuar a enxaqueca e aliviar congestão nasal. São contra-indicadas para pessoas com problemas no trato gastrintestinal (refluxo gástrico, gastrite, úlcera, hemorroidas, colite, entre outros).
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Não existe um limite bem definido da quantidade que pode ser consumida. Um estudo divulgado no início do ano, por pesquisadores da Purdue University (EUA), mostraram que 1 g (meia colher de chá) de pimenta vermelha por dia, fracionada no almoço e jantar , é uma quantidade bem aceita pela maioria das pessoas.
Lilian Lourenço – nutricionista (Londrina)