Ao menos na teoria, Milton Cruz é o técnico do São Paulo desde 30 de abril, data em que o presidente Carlos Miguel Aidar o efetivou como substituto de Muricy Ramalho. Na prática, porém, as coisas são um pouco diferentes.
O próprio Milton segue sentido-se interino. E seu salário é o mesmo dos tempos de auxiliar-técnico. Apenas os jogadores recém-promovidos da base ganham menos do que ele.
O Blog apurou que a diretoria não procurou Milton em momento algum para oferecer um reajuste, apesar da excelente campanha à frente do Tricolor: são seis vitórias e uma derrota nos últimos 35 dias.
Com Milton, a equipe venceu Cruzeiro, Corinthians e Danubio na Libertadores, o Flamengo no Brasileirão, além da Portuguesa e do Red Bull no Paulistão. A única derrota foi justamente no estadual, diante do Santos.
Com seu jeito conciliador, Milton também não sondou a diretoria sobre a possibilidade de um aumento salarial. Ele não está convencido de que a ideia de ser o técnico efetivo é a melhor saída, porque teme ser demitido em caso de uma sequência ruim de resultados ao longo desta temporada.
Funcionário do clube desde 1997, o ex-auxiliar-técnico estava satisfeito com a estabilidade que o cargo lhe garantia, com a possibilidade de trabalhar no clube que torce e cercado de amigos.
Ele era o homem de confiança de Juvenal Juvêncio e por isso quase foi demitido no início de 2015 - Juvenal e Aidar se tornaram inimigos declarados.
Após a saída de Muricy, o São Paulo cogitou Alejandro Sabella, Vanderlei Luxemburgo e Abel Braga.
Fonte: Blog do Jorge Nicola