Apesar da campanha ruim, o Londrina tem bom desempenho contra os seus rivais de estado na série B. Este é um dos trunfos do Tubarão para o duelo deste sábado (12) diante do Operário, no estádio do Café.
Em quatro jogos até agora, o LEC somou sete pontos, aproveitamento de 58%, bem superior aos 38% que ele tem no Brasileiro. O Londrina ganhou do Paraná e do Coritiba, empatou com o Coxa no Couto Pereira e perdeu para o Operário em Ponta Grossa.
Entre os quatro paranaenses na competição, o Paraná tem a melhor campanha nos jogos contra os rivais. Só perdeu para o LEC e tem duas vitórias contra o Coritiba e também ganhou duas vezes do Operário. Aproveitamento de 80%.
O Operário, nos quatro jogos que fez, só ganhou no primeiro turno do LEC, além de um empate com o Coritiba. Ganhou 32% dos pontos disputados. O pior de todos é o Coritiba, que não ganhou nenhum duelo local. Somou só dois pontos em 15 disputados, aproveitamento pífio de 13%.
Além do jogo de sábado contra o Operário, o Londrina ainda enfrenta o Paraná, na 32ª rodada, na Vila Capanema. O outro confronto entre paranaenses que ainda falta ser disputado será Coritiba e Operário, no Alto da Glória.
Claro que só o retrospecto positivo não será suficiente para dar o troco no Operário, que no Germano Krüger ganhou com imensa superioridade por 2 a 0. O Londrina terá que ter algo a mais, porque depender só da parte técnica complica a vida do time. Os números gerais mostram como esta equipe é limitada tecnicamente.
Por isso que o técnico Mazola Júnior usou o estranho termo quezilento para ressaltar a forma como ele quer que o time jogue no Café. O LEC precisa brigar muito, ser muito combativo e intenso para sair vitorioso. Até porque estas sãos as principais características do rival também.
"Temos que brigar mais, ser mais agressivos e quelizentos que o Operário", afirmou Mazola. O Operário está em uma posição bem mais confortável que o Londrina, em razão desta entrega em campo. Tecnicamente o time dos Campos Gerais tem as suas limitações, mas encarnou um espírito guerreiro, sobretudo em casa, que tem lhe garantido pontos decisivos.
Não por acaso, conquistou 29 dos 36 pontos que tem no Germano Krüger, porque a atmosfera criada pelo time contagia a torcida, que transforma o GK em um caldeirão. Este clima é difícil de ser implantado no Café, pelas dimensões do estádio e pela pouca presença de público, quase sempre.
Então, cabe aos jogadores criarem o clima necessário para ganhar em campo. A derrota do primeiro turno está engasgada na garganta do torcedor alviceleste e espero que esteja na dos atletas também. Como disse Mazola Júnior, o Londrina precisa vencer este jogo, seja da forma que for.