Com a classificação para a série B em 2016, o Londrina ganhou direito a voto nas eleições da CBF e na sua primeira participação votou pela eleição do Coronel Antônio Carlos Nunes para o cargo de vice-presidente da entidade. A eleição aconteceu na tarde da quarta-feira no Rio de Janeiro.
Apesar de não ter declarado abertamente o seu voto, o LEC seguiu orientação da Federação Paranaense e optou por manter a atual cúpula no comando da CBF. Com a iminente renúncia de Marco Polo Del Nero, por ser o vice mais velho, o Coronel Nunes assume a presidência.
O presidente Felipe Prochet não conseguiu embarcar para o Rio de Janeiro, o aeroporto de Londrina estava fechado em virtude da neblina, e o clube foi representado pelo advogado Osvaldo Sestário, que votou com uma procuração.
Coronel Nunes é presidente da Federação Paraense há 24 anos e sempre foi da turma do Ricardo Teixeira, Marin e Del Nero, todos denunciados por corrupção e formação de quadrilha pela justiça americana. Ou seja, não vai mudar nada na casa do futebol brasileiro.
Poucos clubes e federações tiveram coragem de ir contra este sistema falido que gere o futebol do país. Dos 55 votantes, 67 estavam aptos a votar, apenas três clubes foram contra a eleição do Coronel: Avaí, Figueirense e Chapecoense.
Outras cinco entidades se abstiveram de votar: as federações da Bahia, Santa Catarina e Alagoas, além do CRB e do Bahia Esporte Clube. Houve três votos em branco, que não foram revelados pela CBF.
Coronel Nunes foi eleito com 44 votos. O futebol brasileiro tem os dirigentes que merece.